quarta-feira, 26 de dezembro de 2012


terça-feira, 25 de dezembro de 2012


sábado, 17 de novembro de 2012

Gardens around me!


Sabiá alimentando seu filhote no ninho! Jardim da ISJB

Na sequência, ela observa o intruso que pode ser uma ameaça a sua prole.

Mãe sabiá fora do ninho buscando o banquete dos bebês sabiá.

Enquanto isso no canteiro ao lado do ninho...

Como me sinto ao contemplar a natureza!

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Frases soltas

Não se preocupe enquanto eu estiver falando algo a seu respeito, mas preocupe-se quando eu deixar de mencionar o seu nome!

Sei que não sou o melhor cara do mundo, e nem tenho qualidades perfeitas, mas quando digo algo é verdade!

O meu jeito te incomoda? Lamento, mas quem mais sofre nesse jogo sou eu, aprendemos muito a nosso respeito quando se convive consigo mesmo vinte e quatro horas por dia, isso eu te garanto! Estou tentando mudar, mas confesso que não é fácil!

Minha escolha não é definitiva! Seria se felicidade fosse uma escolha permanente!

O simples fato de me encontrar onde me encontro hoje não elimina a minha dor e humanidade!

Muitos dizem como já dizia Oswaldo Montenegro "Eu quero ser feliz agora!", é bonito ver a força e o desejo de buscar algo melhor para a vida, mas poucos percebem como Guimarães Rosa "Felicidade se encontra em horinhas de descuido!"

O Amor! O que é o Amor? Simplesmente INDEFINIDO!

Como vocês perceberam, hoje resolvi não publicar minhas idéias em versos, palavras soltas... Até breve!

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Diálogo entre ciência e fé


Em Feuerbach a Teologia se torna antropologia
         Quando falamos de ciência, logo vem em nosso pensamento a aversão à religião. Será que este dualismo parte do senso comum ou possui fundamento pertinentemente válido? Questiono, porém, temo não possuir argumento para respondê-la, contudo, gostaria de arguir um pouco sobre este polêmico assunto.
            Ao estudar nas aulas de Filosofia da ciência sobre o Ateísmo Sistemático, entre os séculos XIX e XX, nos esbarramos em uma figura muito interessante, Ludwig Andreas Feuerbach. Trata-se de um sujeito, que após abandonar os estudos teológicos, tornou-se fiel discípulo de Hegel. O pensamento de Feuerbach navegou pelo idealismo alemão, pelo materialismo histórico de Karl Marx e pelo materialismo cientificista  da segunda metade do século XIX.
            Feuerbach desenvolve seu pensamento filosófico inferindo que existe na religião uma carência da consciência que o homem tem de si, sendo assim, o homem religioso aliena a sua essência ao ponto de se comparar a um estado infantil da humanidade incapaz de reconhecer a si mesmo e a Deus. Sendo assim, a consciência que o homem tem de Deus é a consciência que ele tem de si. Fiquei imaginando, se Feuerbach chegou a essa conclusão acerca dessa relação Deus e o homem ainda no século XIX, o que pensaria ele sobre esta relação na atual conjuntura do século XXI? Abrindo um parêntesis no pensamento puramente feuerbachiano arrisco mencionar que Deus é um ser mutável no passar dos séculos, pois o que podemos ver hoje é que o Deus de várias religiões não passa de uma figura criada a partir das carências humanas. Será que Feuerbach tinha razão?
            Com razão ou não, Feuerbach diz que o “homem infantil” é um ser que teme as suas limitações naturais, teme ser um homem finito, determinado e por isso cria para si uma figura abstrata, um ser não real que fazendo uso de suas próprias qualidades e essência, externamente o anima e o determina. Ou seja, existe uma necessidade de se afirmar em características próprias, mas que partam de um fundamento exterior a si. Por isso que os vários atributos divinos, mesmo que partam do mistério, são encontrados no próprio homem. É através dos sentidos que o ser humano é concebido como ser infinito e pleno de determinações. Dessa forma, podemos conceber a religião como uma cisão no homem: o ser divino é aquilo que o homem não é. Essa cisão entre o ser divino e o homem representa uma cisão do homem com sua própria essência oculta. O homem expressa essa essência através da religião, por meio dela, podemos encontrar um conteúdo humano objetivado. As análises de Feuerbach sobre a religião  mostram que o conteúdo dessas crenças podem ser explicados de forma racional.
            Não com a intenção de ser cético, mas a fim de compreender ou até contribuir com o pensamento de Feuerbach podemos pegar como base as Sagradas Escrituras do Cristianismo. No livro do Gênesis, por exemplo, encontramos um paralelo entre saga e mito que narra a criação do mundo e a forma como os seres criados a imagem e semelhança de Deus são conduzidos ao longo da história, e assim como em outros livros é possível notar características humanas  no ser que é Onipotente. Assim, ainda muitas pessoas usam o nome de Deus para difundir suas ideologias, para melhorarem suas condições financeiras, para tornarem-se pessoas públicas e com status. Enfim, quando alguém possuí uma boa retórica é capaz até de convencer que Deus está dando ordens afim de que se cumpram certos modismos e caprichos intencionando garantir um lote, uma casa, a vida eterna, a salvação em um reino almejado, porém desconhecido.
            Analisando este lado da moeda podemos concordar com Feuerbach ao afirmar que A Teologia é uma Antropologia e que a Antropologia é a história secreta da teologia. Este tipo de Deus, já dizia Nietsche, está morto! Este tipo de Deus não comunga com a ciência e nem com qualquer outra teoria ou prática de vivência, este tipo de Deus entra em contradição consigo mesmo, este tipo de Deus é apenas a ilusão de tudo aquilo que o homem não é capaz de ser, é uma mera criação humana, irreal e incapaz de contribuir com o mundo e por isso concordo em gênero, número e grau com Feuerbach ao afirmar que a Teologia se torna Antropologia.
            Deus não cabe na sua cabeça. Se Deus um dia for compreendido, Ele deixará de ser Deus e passará a Ideia, e assim tudo o que existe enquanto teologia passará a antropologia, e toda experiência transempírica passará a mito, assim como a metafísica se não for mera física não existirá. Isso nos provoca a refletirmos sobre uma coisa, qual é a relação entre a ciência e a religião? A Razão e a Fé? Digo pois, se algum pensamento, ideia, prova ou argumento não considerar um equilíbrio entre o natural e o sobrenatural, ele será incompleto, vazio, pobre e incapaz de se sustentar. Ou seja, a Fé sem ciência é manca assim como a ciência sem a fé não tem sentido, uma complementa a outra afim de que possamos viver bem a vida que nos é proposta.
            Assim, um profissional do sagrado que baseia o seu discurso e a sua vida apenas numa dimensão metafísica é um ser alienado, corrupto e vazio. O mundo sensível também é criação de Deus, então porque negá-lo? Porque aniquilá-lo e viver como um ser fora dele? Este tipo de ser humano precisa sim buscar uma experiência com o sagrado, mas isso não implica que ele deva ser alguém que não entenda das leis físicas e naturais que regem o mundo em que vivem. Da mesma forma é o profissional das ciências naturais. Se ele não possuir uma experiência, mínima que seja, com o sagrado, que sentido tem conhecer a natureza e as forças que a regem? Na verdade, eu particularmente acredito que todos esses grandes cientistas, não confessionais, que revolucionaram a história com suas fantásticas descobertas já encontraram Deus, fazem, do seu jeito, uma experiência metafísica, diferente das que os confessionais fazem, e por isso proporcionam tamanho bem a humanidade.
            Talvez se Feuerbach tivesse tido essa compreensão de que a Teologia e a Antropologia são duas coisas distintas, mas que se completam, que não vivem desligadas uma da outra, ele não afirmaria que uma é mera representação da outra e para que uma exista a outra deveria deixar de existir.

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Isso é um assalto!

Essa semana, mas precisamente ontem (30/10), ocorreu-me algo que eu sabia que poderia acontecer a qualquer momento, mas não sabia como, onde ou por quê? Pois bem, narrarei o fato. Após terminarmos o nosso estágio no Instituto São Rafael no Barro Preto, estávamos, eu e meu comparsa Jonathas Andrade, a caminhar até ao metrô no centro de BH. Após transcorrer por toda avenida Augusto de Lima e passar pela Praça Raul Soares descemos em uma rua pouco movimentada sentido a rodoviária, pelas mediações da rua fomos abordados por um sujeito maltrapilho que disse, -"Me da uma ajuda aí, por favor", logo respondi, -Não tenho nada aqui senhor, e realmente não tinha, não portava comigo nem uma moeda de um centavo sequer. O moço que continuou a nos acompanhar na calçada voltou a dizer, -"pow cara, me da uma ajuda aí!", e eu voltei a dizer, -não tenho nada cara. Aí foi quando o sujeito que nos acompanhava apelou e nos disse em tom grosseiro, -escuta aqui, eu acabei de sair da cadeia, tenho AIDS e to pedindo ajuda e vocês se negam a me ajudar! O que vocês querem, que eu roube vocês?", daí retruquei no mesmo tom, -porra cara, já disse que não tenho nada aqui comigo!, então ele disse, -"é, então vocês estão me obrigando a levar o celular de vocês, isso é um assalto!" Eu sempre achei que quando escutasse isso pela primeira vez iria morrer de medo e temia ter um piripaque no meio da rua, mas isso não aconteceu, foi diferente, pois eu fiquei parado, calado, olhando para o sujeito tentando entender aquela situação, na verdade achei engraçado, afinal ele queria uma esmola ou nos roubar? Nessa hora, meu companheiro enfiou a mão no bolso e arrancou uma nota de dez reais e disse ao sujeito, "-Cara eu só tenho esses dez reais para a passagem, vamos ali num comércio trocar o dinheiro aí fica cinco para mim e cinco para você." Parece até piada, mas ele realmente fez essa proposta, que obviamente não foi aceita pelo rapaz. Com o dinheiro na mão, o pedinte que passara a meliante novamente me dirigiu a palavra dizendo, "-e você, passa o seu dinheiro!" Eu já estava fadigado com aquela situação, sem paciência enfiei a mão no bolso e tirei a minha carteira, a abri diante dele e repeti, "pow cara, já te disse que não tenho nada aqui, to zerado. Será que alem de desprovido de grana você vai me chamar de mentiroso?" e voltei a guardar a carteira no bolso. Acho que nesta hora o moço teve compaixão de nós, deixou de ser bandido e passou novamente a cidadão. Ele voltando para nós disse, "-olha galera, essa região é uma região perigosa, onde pessoas como eu ficam por aqui aguardando uma oportunidade para tirar das pessoas o que não nos pertence, por isso vocês precisam ficar atentos, quando virem alguém como eu tentei despistar, entrar em uma loja, não permitam que nos aproximemos muito de vocês, pois a nossa intenção é roubar, e se vocês não ficarei atentos conseguiremos fazer isso com muito êxito!"
Agradecemos a dica de Como não ser assaltado no Centro de Belo Horizonte, por um ladrão, cidadão, sei lá e seguimos nosso caminho. O Jonathas nos conduziu rapidamente para fora daquela região, temendo ser abordado por outros pedintes como este, e após alguns passos, caímos na risada!

Imagem da semana


Essa semana resolvi inovar, postei como imagem da semana uma fotografia diferente das que venho postando regularmente. Nesta imagem podemos observar um prédio histórico no centro de Belo Horizonte (Rua Bahia) onde está instalada uma das lojas da Drogaria Araújo.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Corações e Canteiros



            Hoje ao visitar o jardim interno da casa fui capaz de perceber algo imaginável. Fui levado a descobrir o jardim secreto do meu coração. Sim possuímos ao menos um jardim secreto, há aqueles que possuem mais de um, não sei como são administrados, mas existem.
            O jardim interno já estava gasto, feio, com poucas plantas meio amareladas que quase não tinham força para gerar sequer uma reinante flor. Não surtiam muito efeito as medidas paliativas de cultivo, funcionavam como remendos de roupas, surtia alguma melhora, mas não solucionava o problema, pois logo era preciso outro remendo. Tão logo o canteiro tornava a ser como antes, produzindo menos beleza do que era capaz de produzir.
            Contudo, era preciso tomar uma difícil decisão, era preciso ser radical, precisamos ser radicais algumas vezes. Vamos desmanchar o canteiro! Modifiquemos sua estrutura! Nossa! Como foi sentido arrancar cada planta, arrancar os lírios foi a tarefa mais difícil. Agora o colorido havia se tornado num espaço de terra triste, vazia, incapaz de inspiração. Porém a terra já estava cansada, massacrada, machucada, remendada. A terra precisava ser curada. Vamos revirar a terra e torná-la mais eloqüente! Vamos ainda aplicar algo que cure sua acidez. Não produzimos nada muito bom quando estamos meio azedos. Pois bem, cultivemos a terra, limpemo-la, tiremos toda sujeira como pedras e outros resíduos. Agora sim, a terra está transmitindo um bom sinal, parece estar melhor. Parece estar preparada para o plantio. Plantemo-la! Nossa, as plantas feitas mudas estão com um ar murcho, parecem que não vão resistir ao transplante. Será que irão sobreviver? Impressionante! Elas estão apresentando uma leve reação, estão melhorando. Algo bom e novo está acontecendo!
            Olhe! Observem o meu jardim interno como ele está bonito, florido, cheio de vida. Não parece o mesmo canteiro, parece outro. A mudança é muito significativa. Meu Deus como é bom contemplar esse jardim! Ele inspira tantas coisas, ele traz boas memórias, nos inspira um caminho seguro. É um sinal de vida!
            Assim é o nosso jardim secreto, cheio de canteiros. Canteiros que são sinais de vida, mas também inspira morte, solidão, egoísmo insensibilidade. Precisamos cuidar dos nossos corações, eles precisam ser sempre sinal de vida, exemplo. Mas para isso não podemos temer a dor, o diferente, o novo. Somos nossos próprios agricultores! Precisamos cultivar os relacionamentos, eliminar a acidez do coração, retirar as impurezas da alma, só então floriremos a vida. Apesar de causar dor, nos traz alegria, esperança. Faz-nos percorrer por caminhos sinuosos, porém são sinais àqueles que caminham, são certezas para àqueles que têm esperança, para aqueles que esperam e buscam. Portanto, não tema a poda, pois ela apesar de ser dolorida vai nos fazer crescer belos e robustos. Cuidemos de nossos jardins, cultivemos nossos canteiros para que nossos corações sejam cada vez mais cheios de vida e a alegria de se viver.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

O dia




A cada manhã inicia-se um novo dia, um dia novo cheio de novidades, os acontecimentos geralmente não se repetem. As pessoas até tentam programar o seu dia acreditando que ele caberá em uma página de agenda, mas não cabe, ele transcende! Concordo que a agenda ajuda a organizar o dia, mas não programá-lo. O dia tem programação própria.
As pessoas se queixam por caírem na rotina, mas o que é a rotina? A rotina nada mais é do que um dia programado, controlado que descontrola-se e nos sufoca. O grande poeta mineiro Gimarães Rosa dizia que felicidade se encontra em horinhas de descuido, ou seja, horas não programadas, horas fora do roteiro, do script. Portanto, faça do seu dia inteiro horinhas de descuido. Não estou dizendo isso afim de demasiar o compromisso, as responsabilidades, muito pelo contrário, estou afim de torná-lo mais autêntico. O dia está pronto para nós, está pronto para ser vivido, e nós insistimos em enche-lo de remendos. Ele é muito mais belo puro, sem reparos. Por isso é preciso lembrar-se sempre de que os compromissos diários estão a serviço do homem e não o homem é escravo dos seus apontamentos. Não perca de vista o seu ponto de partida e assim poderás contemplar as belezas do dia. O dia puro e simples, mas que pode nos fazer muito mais felizes.
O arco-íris, o sol são fragmentos do dia que estamos deixando de contemplar. Por isso que recordamos com tanta saudade do tempo de infância, a marca do tempo em que vivíamos intimamente sintonizados com o dia.
Quer uma dica?
Abra os olhos e viva!

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Sexo Animal



Eles também amam!

Achei bem curioso esta fotografia que tirei ao voltar da PUC na semana passada. Trata-se de um casal de percevejos em pleno ato sexual. Na verdade havia uma colônia sexual naquele local. A cena tornou-se tão curiosa para mim, que resolvi pesquisar sobre o assunto, e para minha surpresa, aquele inseto mais gordinho e mais é forte é a fêmea. Ela carrega o macho para onde ela quiser além de alimentá-lo durante o ato sexual.
Vivendo e aprendendo! 

Imagem da semana!

A fotografia desta semana retrata uma típica tarde de domingo na Lagoa da Pampulha em BH



sábado, 29 de setembro de 2012

Filosofia do Rivotril



         Não precisa ser um grande estudioso para notar o alto crescimento de uma escola do pensamento no campo mundial. Tal escola tem difundido uma cultura depressiva entre os seus pensadores, e estes tem ganhado cada vez mais notoriedade; para se ter uma ideia, está até muito bem divulgada nos meios de comunicação social. A escola a qual me refiro é a veia morta da humanidade alta consumidora das drogas anestesiantes do saber. O consumo de antidepressivos tem crescido consideravelmente nos últimos tempos, e quanto mais se consomem os rivotrils da vida, mais alienação existe entre os consumistas depressivos. Dado ao fato, não impressiona perceber que a sociedade atual, diferente de outros tempos, acumula problemas para si. Será porque que as pessoas estão, aparentemente, cada vez mais afundadas em situações desagradáveis que não tem fim? Acredito eu, que o pensamento crítico na contemporaneidade está em crise, em uma crise existencial. Não digo isso apenas em questões acerca do pensamento teórico, mas também do pensamento prático do cotidiano humano. Sim, o jovem após uma decepção amorosa prefere “encher a cara” a enfrentar a situação. Os pais, por sua vez, preferem tomar calmante e ir dormir ao ter que ver o seu filho chegar “chapado” em casa. Não há diálogo, não há confronto de ideias, não há produção do pensamento.
         As pessoas estão fugindo dos seus problemas de um modo nem tanto aconselhado. A razão está sendo anestesiado a fim de aliviar a dor e o sofrimento. Contudo, a melhor maneira de solucionar ou aliviar a dor definitivamente é enfrentando-a, todavia, não é uma tarefa de fácil execução e nem nos apresenta prazer ao exercê-la, porém as consequências serão muito mais agradáveis. É preciso encarar o medo de sofrer. O esquivamento só aumentará a nossa fuga do monstro que nos oprime, que cresce e ganha mais força a medida que não o enfrentamos.
         Assim, podemos entender que os anestésicos da mente, apesar de aliviar a dor naquele momento crítico, não soluciona os nossos reais problemas, muito ao contrário, na verdade, eles nos enfraquecem diante dos nossos maiores inimigos, como o medo, o sofrimento e a dor. Esses inimigos, muitas das vezes são nossos bichinhos de estimação que habitam os nossos sonhos e que depois de ignorados tornam-se os monstros que dominam os nossos pesadelos e nos conduzem a um só lugar, ao fracasso. Aqui, acredito caberia a célebre frase do Cleto Calimam, “É preciso cultivar os pequenos vícios para não cairmos nos maiores”. Quando reconhecemos nossas fraquezas, temos uma maior possibilidade de nos tornarmos mais fortes, pois, cuidar com atenção das sitações que nos fazem sentir seres pequenos nos tornam pessoas mais maduras capazes de enfrentar com grandeza os problemas maiores.
         Enfim, não se trata de masoquismo ou uma busca desnecessária pela dor, mas um confronto de sentimentos que tem como finalidade o bem-estar pessoal. Lembrando que o conflito é sinal de vida, e o sentimento de prazer estar ligado ao não prazer, logo o saber parte da dúvida. Por isso permitamo-nos confrontar afim de que produzamos conhecimento, prazer, alegria e bem-estar.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Louvor a Chuva



Ansioso esperava, persistindo aguardava
O fenômeno natural que este ano tão tardara!
Necessidade expressava homens e mulheres
Gente comum da burguesia ou bastardo.
Crianças e anciãos, com força clamavam
Venha do alto, oh! Tão pura água!

A terra tem sede, avermelhada soprava,
Sobre as murchas folhas as vezes queimadas!
Desastres se viam nas nuvens cinzentas
Que ao céu quase tocavam, nas duras queimadas!
Animais desfaleciam, na dureza do dia
Só o homem não via dolorosas ações.

A tristeza pairava na tão alegre natureza
que despida de tua tão grande beleza
gemia e chorava qual mulher em dores de parto
no silencioso grito que nos becos ecoava
afim de suas vozes juntar e um único clamor entoar
aos seres do alto e um novo canto cantar.

Dou graças aos céus que o meu canto ouviu
E sem reservas o meu pedido proveu
Do alto, da longínqua imensidão nos enviou
Tão bela e pura a torrencial chuva
Que tão forte e imponente a sede saciava
Dos miseres que desiludidos pastavam!

Oh! Glória! Alegria e Louvor! Entoemos em coro
Por tão grande e esperada visita amiga
Que aos campos vem os prantos enxugar!
Que a cor desbotada faz cintilar, realçar,
Quão grande beleza brutalmente demasiada
Pela força, pela dor, no ardor da forte chama.

Olhe! Contemple! Viva tão grande beleza
A beleza dos verdes campos e a pureza do ar
Que as narinas vêm visitar e a alma acalmar
Coroando-nos com tão valioso presente divino
Composto por dois hidrogênios e um oxigênio
Que sobre nós vem derramar afim de a vida transformar.

Quero sair, correr e brincar
Sob os fortes pingos em meu rosto a rolar
Faço a infância voltar, na alegria do meu peito a pulsar
Ah! Faço festa, entôo canções e rimo meus versos
Em um grande louvor a irmã água
Que do céu me visita e provocante minha vida ínsita.

Lua da Semana!


segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Para Refletir

"Brasil! Mostra a tua cara quero ver quem paga pra gente ficar assim!"


Recadinho do coração para uma alma possivelmente crítica

Observe a Imagem!
Observou? Então pronto, vamos começar!
-Você conhece esse senhor da imagem?
-Senhor!?
-Sim, senhor sim! Ele é um ser humano como o senhor, ele tem um nome como o senhor, ele é cidadão como o senhor, ele tem direitos e deveres como o senhor...
Este "senhor" atende pelo nome de Edmundo, e creio poder chamá-lo de amigo! O Edmundo não é vagabundo, não é bandido, não é traficante, não é uma porção de coisas que imaginamos ser ao observar a foto. O senhor Edmundo é simplesmente mais um cidadão como o "senhor", como nós! A diferença é que o Edmundo não teve condições sociais e psíquicas para continuar sendo o que foi um dia. Todos nós sofremos desagradáveis conflitos na vida, porém ainda continuamos de pé! 
Conheci o Edmundo no último sábado (22/09) na rua Bahia no centro de BH. O Edmundo é um poeta fabuloso, suas poesias traduzem conflitos da alma humana, retratos do seu cotidiano, e demonstra uma sensibilidade sobre-humana da realidade física e também metafísica. 
Tentando conhecer o Edmundo eu comecei a duvidar de quem eu era. 
Suíte do Edmundo
Eu durmo sobre colchões macios e lençóis limpos e o Edmundo sobre um papelão velho; Eu durmo com um edredom quentinho e um travesseiro macio e o Edmundo com um cobertor furado e reclina a cabeça sobre uma pedra; Eu tenho o Estado de Minas a Folha de São Paulo todos os dias e o Edmundo folhas de jornais da semana passada; eu tenho uma dieta regular e o Edmundo a sobra do cachorro, quando tem!;  eu tenho família, amigos, estudo e trabalho para curar minha nostalgia, e o Edmundo a cola de sapateiro numa garrafa de Coca Cola; Eu tenho pessoas, como você, que leem os textos do meu blog, mas ninguém se interessa pelos poemas do Edmundo que são literalmente superiores aos meus!!!   (??????????)
Diante disso, fico a imaginar o que os nossos representantes políticos tem feito para mudar a história de Edmundos espalhados pelo país inteiro. Triste é acreditar que nada! Triste é perceber que tanto políticos quanto eleitores, cidadãos, cristãos, seres humanos, enfim, não enxergam o Edmundo. "Pior é o cego que não quer ver!" A nação tem o representante que merece, que elegeu e que tem a sua cara, a sua índole e caráter. Uma mudança, não vem de cima para baixo! Como construímos um prédio de 15 andares? Será que construímos o décimo quinto andar primeiro? Apesar de ser totalmente incoerente é a realidade que estamos vivendo no Brasil. Estamos construindo a nossa sociedade a partir do décimo quinto andar. A base está comprometida, está podre. E de quem é a culpa? Ora, do Edmundo é claro!
Quantos Edmundos você já fez sorrir?
Quantas vezes você já se colocou no lugar do Edmundo?
Confesso que a minha amizade com o Edmundo tem me constrangido, porém, o que seria de mim sem o constrangimento? Por isso quero lhe fazer uma proposta, vamos lançar uma campanha, a campanha "Ajude um Edmundo!" Faça um Edmundo feliz para uma sociedade melhor! Lembrando o seguinte, um ato de bondade só é válido quando feito despretensiosamente. Não adianta fazer o bem ao Edmundo simplesmente pelo fato da obrigação moral e/ou religiosa, ou pela possibilidade de ver as praças sem moradores de rua, e nem por que eu posso ser um Edmundo um dia, mas pelo simples fato de que eu não sou melhor que Edmundo nenhum!
Lembrando! Um governo honesto é feito por eleitores honestos, uma sociedade justa é feita por cidadãos justos, uma religião oblativa é feita por fiéis oblativos e um Edmundo feliz é feito por outro Edmundo feliz.
Pense nisso!
Arte Edmundesca

Felicidade Miúda



         Estamos vivendo numa época em que o tempo está mudando. Não é simplesmente uma época de mudança, mas uma mudança de época. Alguns momentos da nossa história foram marcados por essa transformação, por exemplo, a Idade Média, o período clássico Europeu e várias épocas que ficarão registradas eternamente em nossa sociedade.
         Então, esta mudança não é algo inédito, não é novidade, mas o que difere este tempo dos outros é que nesses outros momentos da história tinha-se em vista o que poderia ser de mais moderno, mais novo, e o novo era durável. Contudo, hoje a modernidade já está ultrapassada, o novo não é tão durável e o que é novidade agora, torna-se obsoleto logo amanhã.
         Acompanhar o mercado, as mudanças sociais, as novas tecnologias e as capacidades humanas têm sido tarefas árduas, pois causa confusão na capacidade antropológica do ser humano de sobreviver com aquilo que lhe é necessário. A maioria dos homens não sabem o que é essencial para a sua sobrevivência, portanto acompanhar as opções de uma sociedade excludente e capitalista tem sido a busca pela felicidade de muitos. Os que conseguem acompanhar esse processo alcançam a "felicidade", porém uma felicidade miúda, mesquinha e vazia. Todavia, os que não conseguem acompanhá-lo vivem em um mundo secundário e "não original" em busca da felicidade perfeita, infelizes e hipócritas, avarentos e ambiciosos em busca de alcançarem o primeiro nível. Contudo, o que nenhum dos dois sabem, é que ambos lotam os consultórios psiquiátricos em busca da cura que está dentro deles próprios, mas que durante toda a vida foi procurada tão longe e distante e nunca foi encontrada e nem poderá ser comprada.
         Agora vem o questionamento. Qual é a saída para tudo isso? Haverá solução? O problema maior é esse, a vida atualmente é totalmente efêmera e ainda não se pode ver uma luz no fim do túnel, ainda não somos capazes de saber onde iremos chegar e como lá chegaremos. Esse é o maior problema! Todavia, uma das coisas em que eu mais acredito é que cada dia dever ser vivido intensamente com o que ele tem a nos oferecer. Aproveitar o hoje com os presentes que ele nos tem a oferecer, pode ser uma boa maneira para aproveitar cada detalhe do dia e ser feliz de verdade.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Imagem da semana!


Algo que muito me impressiona ao observar um Ipê é perceber que mesmo com a falta de chuva e a paisagem meio acinzentada ele consegue se impor, colorir e amenizar a dor dos olhos!

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Servo no Amor

Servus in Charitate


Dom José Eudes é aclamado pelo povo como novo bispo da Igreja


"O Senho Colocou-nos no mundo para os outros" (Dom Bosco)


Dom Geraldo Impõe as mão sobre mons. José Eudes
invocando o Espírito Santo
No último sábado, participei pela primeira vez de uma Ordenação Episcopal. Aconteceu na cidade de Barbacena-MG e o eleito era o Rev. Mons. José Eudes Campos do Nascimento. Uma cerimônia rica em símbolos e com ritos fortes de elevação do coração humano ao coração de Deus realizou-se na praça do centro da cidade. Contudo, o que mais me chamou a atenção não foi tanto a grandeza do rito, a beleza da ornamentação, ou a bela celebração ali realizada, mas, ao seu final, as palavras do já então bispo da Igreja de Leopoldina-MG Dom José Eudes. Primeiro, a menção de gratidão à Família Salesiana, onde ele deu os primeiros passos de sua caminhada ao chamado de Deus, e que segundo ele, o acompanha até os dias atuais através do testemunho de São João Bosco. "O Senhor colocou-nos no mundo para os outros é para mim o verdadeiro testemunho de um cristão comprometido com a Palavra de Deus". Segundo, quando em sinal de amor e humildade agradeceu a sua família por tanto amparo e ensinamento. De forma especial lembrando-se do falecido pai "João Bananeiro", como era conhecido, e como fez questão de chamar o seu querido pai em sinal de amor e humildade diante de todo o povo de Deus presente naquela praça. E por último, ao se dirigir aos então diocesanos de Leopoldina, "Se vocês procurarem um Doutor em Teologia, um especialista em Liturgia, e conhecedor do Direito Canônico, um grande pensador e intelectual, perdoa-me mas acredito que vocês terão que esperar um pouco, pois não possuo domínio dessas características, mas se vocês estiverem a procura de um Pastor, de um Pai e Amigo, gostaria de dizer que estou a disposição." Com essas belas palavras Dom José Eudes foi aplaudido pelo povo que com lágrimas nos olhos se orgulhava em encontrar num pequeno ser humano as bençãos e a graça de Deus grandioso.




A Bíblia é colocada sobre a cabeça do ordenado, para que este seja guiado pela Palavra Divina






Dom José Eudes pronuncia o seu discurso de agradecimento

Placas


Quando agente acha que já viu de tudo nessa vida, sempre nos aparece uma novidade. No último fim de semana fui conduzir um padre até a sua terra natal (Joselândia, distrito de Santana dos Montes-MG) e durante o percurso fui surpreendido por uma placas inusitadas que chamaram a minha atenção pela criatividade e espontaneidade. 
Conduzia pela pedregosa estrada quando avistei... 


...não bastace a advertência acima, o interlocutor enfatizou... 



Já gozava de uma alegre surpresa e atenção redobrada quando fui informado o real motivo de ser necessário conduzir "DEVAGAR MESMO"

Seria cômico se não fosse trágico! Imagina a quantidade de formigas que são esmagadas pelas estradas do nosso Brasil sem alguma atenção e amparo sequer.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

O valor de uma amizade


Hoje encontrei-me a refletir sobre o valor de uma amizade, daí pensei, quanto custa um amigo? Quantos fundo-fixos eu teria que economizar para adquirir uma amizade verdadeira? Quantos investimentos, aplicações? Estou sendo muito capitalista ao tentar comparar uma amizade com um investimento ou um fundo monetário. Posso então tomar a liberdade e pensar assim, quanta coisa da vida particular eu teria que deixar de fazer para construir uma amizade? Quantas vezes eu teria que deixar de ser "eu" para dedicar-me ao "outro"? Pensando assim percebi o quanto somos egoístas e buscamos amizades que nos fazem apenas desfrutar das coisas que nos interessam. Somos tolos quando não percebemos que um único amigo vale mais que toda a nossa vida, e que quem foi capaz de encontrá-lo encontrou um tesouro de inestimado valor. As vezes passamos a vida inteira e só no final dela percebemos que vivemos e não convivemos, percebemos que nos fizemos felizes, mas não permitimos que alguém nos fizesse feliz, ou melhor, descobrimos que não fizemos o "outro" feliz. Pior é quem acha que a felicidade é individual, solteira, isolada. A felicidade é coletiva, é comunitária, é conjugal. No final de tudo só chego a uma conclusão, não sou capaz de entender nem sequer compreender o real valor de uma amizade, pois a quem foi concedida tamanha graça não importa fundo fixo, investimento, capital de giro, tempo perdido, mas a vida inteira que alguém o fez feliz de forma recíproca. E no final das contas percebemos que o que realmente vale a pena é ter um amigo e ser amigo de alguém. E a vida apenas nos fará sentido quanto tivermos com quem partilha-la. Pense nisso! Um abraço amigo!

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Diário Pessoal 02/04/2012



Logo de manhã ao abrir os olhos e perceber a luz penetrando, sentir o ar adentrando as narinas, encontrar o ritmo do meu coração; me enchi de esperança. Sei que apesar de tudo, ainda estou vivo, ainda sou capaz de escrever um verso, ainda sou capaz de compor uma poesia e sei que ainda poderei entoar uma canção. Poucos as querem ouvir, mas não importa, eu não me importo, o que na verdade importa é que tudo isso é a mais sincera e sublime manifestação de Amor do meu amor ao Amor de toda a minha vida.
Enquanto for capaz de acordar todas as manhãs com esses sentimentos  seguirei andando, caminhando rumo ao encontro da voz que me chama, tendo uma única certeza, a certeza de que são incertos os caminhos que irei palmilhar.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Fazendo história...

Diz o poeta que "cada um compõe a sua própria história", e concordo com ele. Contudo, duvido muito que conseguiria compô-la sozinho! Cheguei aqui pela graça de Deus, pelo meu esforço e pelo apoio que recebi das pessoas que me amam muito mais do que eu seria capaz de merecer! Por isso, aprendi a amar! Viva a Vida!






segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Escolhas


PARA QUE ESCOLHER A ARMA SE EU POSSO COLHER A FLOR?

        Abri os olhos hoje com um questionamento: Para que escolher a arma se eu posso colher uma flor? É certo que não apenas meus olhos se abriram, mas também o meu coração!
         Escolher a arma é optar pela dor, tristeza e morte. Diferente de colher a flor que é querer o alívio, a alegria e a vida.
         Como preferir o desespero ao amparo?
         Loucura! Conscientemente pensamos, mas inconscientemente agimos diferente. Vivemos assim, pregando uma coisa, mas fazendo outra completamente diferente. Queremos a paz! Será que queremos mesmo? Por que então não faço eu mesmo sem esperar por terceiros?
         Para que escolher a arma se eu posso colher a flor?
         Colher a flor exige cuidados. É preciso semear, cultivar, regar, adubar, cuidar  e só depois de muito carinho é que vem o período da colheita. E escolher a arma?
         Como sou capaz de escolher o inferno ao céu? Se o céu é tão bom, por que tantos testemunhos do inferno?
         A vida é um fio sensível que requer carinho e atenção, sua ruptura poderá causar um desastre. Como há fios rompidos! Colher a flor requer amor a vida e empenho por ela.
         Por que escolher o ódio ao amor, o azar à sorte, o rancor ao perdão, se é o bem que queremos?
         Cansamos prometendo amor e fazemos sofrer, nos formamos jurando ética e somos desumanos, nos elegemos prometendo honestidade e somos corruptos. Onde queremos chegar? Onde chegamos?
         Para que escolher a arma se eu posso colher a flor?
         Tudo o que existe hoje, fora semente um dia! A semente bem cultivada gera frutos bons e belos jardins, mas uma semente desprezada torna-se desamparo a outras sementes gerando canteiros opacos, sem frutos, sem vidas que semeiam a discórdia e a guerra.
         Ainda me pergunto e grito, por que escolher a arma se eu posso colher a flor? Somos aquilo que semeamos e plantamos  não o que camuflamos ser. Se pregamos o amor, por que então colhemos tanta dor? Por quê? O discurso está vazio e fantasiado, isso de nada adianta, por isso CALE A BOCA! Se você quer viver em um mundo melhor comece a preparar bem as suas sementes e cuidar para que seus canteiros sejam repletos de vida, assim, perceberá que a vida produzida em seu canteiro atrairá outras vidas, então teremos duas nítidas opções, escolher a flor e colher a flor. Acredito que assim veremos a verdade do poeta ao encontrarmos nossos jardins repletos de lindas borboletas.
         Por que escolher a arma se eu posso colher a flor? Eis a questão!

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

O Outro



         Hoje no intervalo entre a manhã e a tarde tive a oportunidade de romper a clausura e viver uma experiência única. Desconfortante, porém única. Pude descobrir um pouco mais de mim e dos outros.
         Caminhava declinadamente pela calçada adjacente a praça do centro da cidade, e a principio pensava em mim, nas minhas atitudes e de como tentava centralizar os fatos e acontecimentos na minha pessoa. Pensei como por várias vezes fiz pessoas acreditarem que a minha ideia era a melhor, ou até a verdade, sem ao menos ter escutado com atenção, e isso é um princípio de educação, a pessoa  que tentava defender sua ideia. Muitas vezes não era a ideia da pessoa que era fraca, mas a minha presunção era altamente elevada ao ponto de convencer os outros de que as minhas ideias eram mais sólidas.
         Pois bem, pensava tudo isso enquanto caminhava pela calçada, foi quando então resolvi olhar nos olhos das pessoas que cruzavam meus passos, olhei nos olhos afim de enxergar a alma e captar os sentimentos claros e ocultos de alegria, tristeza, conformação, indignação, enfim. Alguns cruzavam o meu caminho com tanta pressa que pareciam estar atrasados para um compromisso, outros caminhavam sem pressa com sua conversas fogosas sobre família, vida íntima e suas compras de natal. Isso me fez notar as particularidades de cada pessoa e o emaranhado de pensamentos que fluíam de cada um que passava naquela praça. Então, para minha surpresa, percebi-me ao olhar para a alma daquelas pessoas, a partir das suas janelas, seus olhos, que eu me colocava no lugar e na vida de cada ser humano daqueles que olhei nos olhos. Aí surgiu um conflito! Em alguns eu imaginava uma vida tranquila, metódica e serena, em outros uma vida agitada, aventureira e conflituosa, contudo, o único de vida normal era eu, mas que para os outros era uma vida diferente, para alguns especial, já para outros, uma perda de tempo. E quem está certo?
         Pude viver, mesmo que por alguns segundos, a vida dos outros, pensar e agir como eles, e então percebi que eu não era o centro do universo,  e que muitas pessoas, mas muitas pessoas mesmo, pensavam assim como eu. Percebi que o grande mal da nossa sociedade pode ser a indiferença. A pior coisa que um ser humano pode dar ao outro é o desprezo. E quase a maioria totalitária da humanidade é indiferente ao outro, estou mentindo ou exagerando? Acho que não estou! Ou você sempre ouviu o que te disseram com a mesma atenção que você gostaria de receber ao discursar sobre algo. A maioria das amizades são consórcios de ideais. Onde está a verdade? Fingimos prestar atenção nas pessoas apenas para sermos sociáveis, eis a diferença entre o escutar e o ouvir. Eu não sei você, mas eu não suporto quando estou falando com alguém e os olhos da pessoa me dizem que estão escutando outra coisa, e tudo isso se confirma quando a pessoa abre a boca quando termino meu "falatório". É incrível! Nosso principio de educação social não está mais superficial porque não pode voar.
         Portanto é importante ouvir mais os outros, ruminar suas críticas e argumentos afim de tentar tirar o essencial para a vida. Todavia, o silêncio é um grande amigo quando se quer valorizar o aprendizado, e principalmente quando nos colocamos na qualidade de aprendizes, que somos e seremos eternamente. Aquele que é capaz de perceber tamanha virtude será um bem para si próprio e para os outros, construindo assim uma sociedade de pessoas iguais e não centralizada que exclui o outro como vemos claramente na atualidade. Uma dica para começar a melhorar o nosso relacionamento já foi dada pelo grande filósofo humanista da linguagem Wittgenstein "Quando o assunto é muito sublime, cale-se".

Olhares sobre Venda Nova do Imigrante-ES

Neste último fim de semana eu tive a graça de retornar a cidade de Venda Nova do Imigrante no estado do Espírito Santo. Durante o tempo em que la fiquei pude observar as fantásticas belezas naturais que aquele paraíso nos oferece. Portanto, vos apresento os meus Olhares sobre a cidade de Venda Nova do Imigrante!


Dois lindos canários que encantavam e cantavam


Ate parece que falam! Olhem!



Como comentar????



Fiquei encantado com esse tipo de erva daninha, parece ate planta!