Essa semana, mas precisamente ontem (30/10), ocorreu-me algo que eu sabia que poderia acontecer a qualquer momento, mas não sabia como, onde ou por quê? Pois bem, narrarei o fato. Após terminarmos o nosso estágio no Instituto São Rafael no Barro Preto, estávamos, eu e meu comparsa Jonathas Andrade, a caminhar até ao metrô no centro de BH. Após transcorrer por toda avenida Augusto de Lima e passar pela Praça Raul Soares descemos em uma rua pouco movimentada sentido a rodoviária, pelas mediações da rua fomos abordados por um sujeito maltrapilho que disse, -"Me da uma ajuda aí, por favor", logo respondi, -Não tenho nada aqui senhor, e realmente não tinha, não portava comigo nem uma moeda de um centavo sequer. O moço que continuou a nos acompanhar na calçada voltou a dizer, -"pow cara, me da uma ajuda aí!", e eu voltei a dizer, -não tenho nada cara. Aí foi quando o sujeito que nos acompanhava apelou e nos disse em tom grosseiro, -escuta aqui, eu acabei de sair da cadeia, tenho AIDS e to pedindo ajuda e vocês se negam a me ajudar! O que vocês querem, que eu roube vocês?", daí retruquei no mesmo tom, -porra cara, já disse que não tenho nada aqui comigo!, então ele disse, -"é, então vocês estão me obrigando a levar o celular de vocês, isso é um assalto!" Eu sempre achei que quando escutasse isso pela primeira vez iria morrer de medo e temia ter um piripaque no meio da rua, mas isso não aconteceu, foi diferente, pois eu fiquei parado, calado, olhando para o sujeito tentando entender aquela situação, na verdade achei engraçado, afinal ele queria uma esmola ou nos roubar? Nessa hora, meu companheiro enfiou a mão no bolso e arrancou uma nota de dez reais e disse ao sujeito, "-Cara eu só tenho esses dez reais para a passagem, vamos ali num comércio trocar o dinheiro aí fica cinco para mim e cinco para você." Parece até piada, mas ele realmente fez essa proposta, que obviamente não foi aceita pelo rapaz. Com o dinheiro na mão, o pedinte que passara a meliante novamente me dirigiu a palavra dizendo, "-e você, passa o seu dinheiro!" Eu já estava fadigado com aquela situação, sem paciência enfiei a mão no bolso e tirei a minha carteira, a abri diante dele e repeti, "pow cara, já te disse que não tenho nada aqui, to zerado. Será que alem de desprovido de grana você vai me chamar de mentiroso?" e voltei a guardar a carteira no bolso. Acho que nesta hora o moço teve compaixão de nós, deixou de ser bandido e passou novamente a cidadão. Ele voltando para nós disse, "-olha galera, essa região é uma região perigosa, onde pessoas como eu ficam por aqui aguardando uma oportunidade para tirar das pessoas o que não nos pertence, por isso vocês precisam ficar atentos, quando virem alguém como eu tentei despistar, entrar em uma loja, não permitam que nos aproximemos muito de vocês, pois a nossa intenção é roubar, e se vocês não ficarei atentos conseguiremos fazer isso com muito êxito!"
Agradecemos a dica de Como não ser assaltado no Centro de Belo Horizonte, por um ladrão, cidadão, sei lá e seguimos nosso caminho. O Jonathas nos conduziu rapidamente para fora daquela região, temendo ser abordado por outros pedintes como este, e após alguns passos, caímos na risada!
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