Hoje encontrei-me a refletir sobre o valor de uma
amizade, daí pensei, quanto custa um amigo? Quantos fundo-fixos eu teria que
economizar para adquirir uma amizade verdadeira? Quantos investimentos,
aplicações? Estou sendo muito capitalista ao tentar comparar uma amizade com um
investimento ou um fundo monetário. Posso então tomar a liberdade e pensar
assim, quanta coisa da vida particular eu teria que deixar de fazer para
construir uma amizade? Quantas vezes eu teria que deixar de ser "eu"
para dedicar-me ao "outro"? Pensando assim percebi o quanto somos
egoístas e buscamos amizades que nos fazem apenas desfrutar das coisas que nos
interessam. Somos tolos quando não percebemos que um único amigo vale mais que
toda a nossa vida, e que quem foi capaz de encontrá-lo encontrou um tesouro de
inestimado valor. As vezes passamos a vida inteira e só no final dela percebemos
que vivemos e não convivemos, percebemos que nos fizemos felizes, mas não
permitimos que alguém nos fizesse feliz, ou melhor, descobrimos que não fizemos
o "outro" feliz. Pior é quem acha que a felicidade é individual,
solteira, isolada. A felicidade é coletiva, é comunitária, é conjugal. No final
de tudo só chego a uma conclusão, não sou capaz de entender nem sequer
compreender o real valor de uma amizade, pois a quem foi concedida tamanha
graça não importa fundo fixo, investimento, capital de giro, tempo perdido, mas
a vida inteira que alguém o fez feliz de forma recíproca. E no final das contas
percebemos que o que realmente vale a pena é ter um amigo e ser amigo de
alguém. E a vida apenas nos fará sentido quanto tivermos com quem partilha-la.
Pense nisso! Um abraço amigo!
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