quarta-feira, 23 de abril de 2014

É possível ser santo nos dias de hoje?


            Falar sobre santidade nos dias atuais em alguns ambientes da nossa sociedade pode até soar estranho, mas será que a santidade é algo fora da nossa realidade ou continua acessível aos cristãos de hoje? Estamos vivendo um período histórico em que testemunhamos a canonização de alguém que nós conhecemos e amamos ainda em vida, Papa João Paulo II. Na mesmo cerimônia temos ainda o Papa João XXIII, antes ainda, o apóstolo do Brasil, José de Anchieta. Mas o que levou esses e tantos outros homens e mulheres aos altares da Igreja? O que é ser santo? Quem pode ser santo?
            Pelo convite de Jesus todos os cristãos são chamados à santidade. Esse convite implica em ter uma relação íntima com Deus por meio da espiritualidade, pela vivência dos sacramentos e do comprometimento para com o Reino de Deus. Não se trata apenas de uma vida austera, mas de uma amizade com o Senhor.
O que será que mais nos chama atenção nos santos?
Devido à sua bondade, simpatia, sorriso, jovialidade e simplicidade, João XXIII era aclamado e elogiado mundialmente como o "Papa bom" ou o "Papa da bondade". Quem era Karol  Wojtyla? Um padre poeta, ator, próximo de seus jovens! Um Papa caridoso e que apontava para a face misericordiosa de Deus! Um Santo do nosso tempo e que fazia coisas comuns.
Certa vez, o jovem Domingos Sávio perguntou a Dom Bosco: O que devo fazer para tornar-me Santo? Provavelmente o jovem questionador esperava receber do pobre padre um virtuoso e longo tratado sobre os passos para se chegar a santidade, porém, tudo o que ouviu de Dom Bosco foi: “Ser santo é uma tarefa simples. Basta ser sempre alegre e cumprir bem suas tarefas e deveres.” Domingos Sávio tornou-se o mais jovem santo não mártir da Igreja, e com apenas 15 anos de idade da testemunho de que ‘Santidade é Alegria’, nos diz que a Santidade está acessível para todos os jovens que a desejarem, basta busca-la!
Queridos jovens, sigamos sem medo os caminhos que nos levam ao Senhor, testemunhemos corajosamente as virtudes cristãs e entremos definitivamente para o hall dos “Pequenos Gigantes” que nos precederam, pois a santidade é uma tarefa simples a ser cumprida e que nunca sai de moda!


Registros


Geralmente eu não apareço nas fotos, por isso resolvi postar essas da minha viagem à Araxá.






Paixão de Cristo: A maior prova de Amor à humanidade


            Diz uma lenda que Adão pediu a Deus que lhe mostrasse as consequências de seu pecado. E Deus o fez ver um mar de suor, de lágrimas e de sangue. De fato, a vida do ser humano sobre a terra, após ao pecado, tornou-se um mar de suores, um oceano de lágrimas e um mar de sangue. Vemos isso, principalmente quando olhamos para a porção da nossa sociedade que mais sofre com as bárbaras atitudes não cristãs e nem tampouco humanas praticadas por alguns.
Numa sociedade tão preocupada, ao menos de forma aparente e teórica, com os direitos humanos, e profundamente mergulhada nas mais sofisticadas tecnologias, torna-se até contraditório acreditar que haja necessidade de a Igreja dizer NÃO ao tráfico humano, de existir uma Igreja que cante em coro, “É para a liberdade que Cristo nos libertou!”.
A contradição não se dá pelo simples fato de a Igreja promover tal tema para a Campanha da Fraternidade, a contradição está ligada ao fato de ser necessário abordar tal temática em um mundo que se auto intitula “Moderno”, Pós-Moderno” ou, historicamente, “Avançado”. O fato é que se a Igreja nos propõe esse tipo de reflexão é porque tal situação acontece na sociedade. Todavia, não adianta uma porção sociocrata elaborar belos tratados de direitos humanos se não for reconhecido o maior ato de Amor em prol da humanidade.
Portanto irmãos e irmãs, ao celebrarmos a paixão de Cristo neste ano de 2014 nós somos convidados a refletir sobre a total entrega de Cristo na cruz em favor de toda a humanidade. Quando Jesus Cristo profere a sua sétima e última palavra na cruz, “Pai, em tuas mãos eu entrego o meu espírito”, Ele na verdade assina, com seu próprio sangue, a ‘Carta de Alforria’ que nos é dada gratuitamente por amor.
Num mundo contemporâneo onde as palavras ‘Amor’ e ‘Paixão’ estão um tanto que relativizadas, nós somos convidados, através do jejum, da abstinência e da oração, a voltarmos ao seio do Amor primeiro. Somos convocados a vivermos a liberdade plena que Cristo nos oferece. Isso porque a cruz, que antes era um símbolo de morte, tornou-se hoje para nós cristãos o símbolo da libertação e comunhão com Deus através da Paixão de Cristo e a sua extrema prova de amor pela humanidade.
Na cruz de Cristo nossa humanidade, representada pela haste horizontal, se encontra com a Misericórdia Divina, representada pela haste vertical, no centro onde depositamos todos os sinais de morte, dor e pecado que nos impedem de viver plenamente o Amor Divino pela Paixão de Cristo.