quinta-feira, 30 de setembro de 2010

SER OU NÃO TER!?!




Certo dia, eu e meu amigo João estávamos conversando sobre o nosso futuro propensor. João tinha grande possibilidade de seguir a carreira militar, já que o seu pai é Brigadeiro do Ar da Força Aérea Brasileira, e ganha muito dinheiro, além de possuir uma grande influência na sociedade. Eu, provavelmente, assumiria a presidência da multinacional do meu pai presente em vinte e seis países. E com minha qualificação acadêmica, e capacidade de inovar, faria a empresa saltar do terceiro para o primeiro lugar no ranking das empresas mais rentáveis do Universo.
Dizíamos o quanto seríamos felizes com a capacidade de persuasão e a influência que teríamos no cenário mundial. Poderíamos fazer o que quiséssemos fazer. Se fossemos espertos o suficiente para usar nossa inteligência seríamos os homens mais poderosos do mundo.
João querendo me provocar, disse-me: “Apolo, você vai ter que me respeitar, pois eu serei uma autoridade militar com uma força bélica inestimável, e se você me desacatar poderei fazer o que quiser com você”. O que quiser uma virgula, retruquei eu, explanando acerca das leis e da ética militar. Interrompendo-me com uma frenética gargalhada disse: “Esqueces-te meu amigo que serei um detentor das leis? Agora me diga quem terá mais força? Quem terá maior domínio sobre o outro?” Enfurecido retruquei: “Eu é claro”, e acrescentei: “com a maior arrecadação do universo, e responsável pela maior circulação de capital financeiro, quem poderá me deter? Se eu quiser, poderei levar a nação a pedir falência, então quero ver que força bélica é capaz de resistir a tamanho poder”. Imediatamente a conversa passiva que começamos havia se tornado um grande pandemônio, eu e meu amado amigo começamos a duelar com o poder que poderia advir a nossas mãos, e começamos a nos ferir com palavras brutas e inferir a superioridade própria acerca do outro.
Não havíamos percebido, contudo, ao nosso lado estava escrevendo no chão do canteiro do parque da cidade, um pobre jovem com aparência de mendigo. Nos assustamos simultaneamente quando ele se levantou em nossa direção. Imaginamos que ele poderia nos assaltar, matar, sei lá o que, pois jovens tão poderosos diante de um outro tão insignificante e sem futuro poderiam sofrer algum atentado visando tirar proveito da nossa fragilidade.
Para nossa frustração, o jovem com um leve sorriso nos lábios disse: “Eu sinto pena de vocês!” Ainda receoso respondi perguntando: “Quem é você para sentir pena de nós?” Com um olhar de confiança e a voz firme respondeu: “Eu sou nada, sou ninguém, mas SOU. E você qual é a sua essência, o Ser ou o Ter? a dignidade ou o poder?” e reafirmou, “Eu sinto pena de vocês”. Furioso João avançou, “Como ousa me dirigir a palavra sei insignificante, acaso não sabes que posso acabar com você e ninguém sentirá sua falta?” “Garanto-lhe que o maior infeliz será você, se fizer alguma coisa comigo”. Tive que segurar meu amigo, pois ele fora tomado de um imenso ódio, na verdade nós, mas ele sempre foi mais agressivo. Voltando ao jovem mendigo perguntei rispidamente; “O que queres de nós, dinheiro, poder, nossas posses, ou apenas nos ofender tirando sarro da nossa cara?” Com um leve sorriso ele respondeu: “Nenhuma das opções, meu nome é Paulo e quero que vocês sejam felizes de verdade, apenas isso, que SEJAM FELIZES. Gostaria que vocês não cometessem o mesmo erro que cometi outrora, não deixe que o Ter interfira no Ser de vocês. A capacidade interior que vocês possuem é muito maior que qualquer coisa que possa vir a existir” e com o dedo na areia desenhando um grande círculo disse ao meu amigo, “João, este círculo representa o seu Ter, toda potência bélica que você é capaz de possuir e dominar, com muita força, como você possui”, olhando para mim disse, “Apolo, como você tem dinheiro!!!” E desenhando um círculo entorno do outro, um pouco maior disse-me, “Este círculo representa o seu Ter, você tem muito dinheiro Apolo, contudo, não és rico. Você precisa descobrir isso em você”. E com um forte suspiro e grande esforço, desenhou um grande círculo entorno dos dois, tão grande que quase não eramos capazes de enxergá-lo do ponto onde nos encontrávamos, seu centro. E com a voz distante disse: “Esse círculo representa o que nenhum de nós tem, e só poderemos conquistá-lo se formos capazes de Ser quem nós somos e não o que Temos”. E em um breve aceno desapareceu misteriosamente entre os arbustos do parque.

Tempestade de Arei em Brasília

Galera parecem imagens do Oriente Médio, mas acredite se quiser é Basília! Nossa Capital Federal que no dia 28 de setembro foi surpreendida por uma misteriosa Tempestade de Areia! Eu fiquei assustado, nunca vi algo tão "ANORMAL" pessoalmente! Essas fotos foram tiradas do prédio da ECT - Correios!





Vejam na paisagem, tudo aquilo que foi apagado!
Vejam a paisagem que de ausência está sendo feita...
Vejam: a Catedral existe mas não pôde se mostrar;
a torre, que não é a de Babel, também se ocultou na massa
a massa avermelhada e cinzenta de poeira...
cobriu a paisagem, ausentou os fatos,
reavivou as lembranças!
Xêro poeta-filósofo!

Claudinha (http://www.soufeitadepalavras.blogspot.com)

sexta-feira, 10 de setembro de 2010


Foto: Denis Dutra Marques (05/09/2010 - Pontão do Lago Sul)

"Quero ouvir a voz de Deus na forma de uma canção, no canto do sabiá ao som de um violão!"

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

SINCERIDADE


“Seja sincero consigo mesmo. Não altere o seu comportamento apenas para contentar os outros”
Yogaswami
MORRER SÓ UMA VEZ

“Os covardes morrem muitas vezes antes de sua verdadeira morte; os valentes provam a morte só uma vez”
William Shakespeare