quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Meu corpo, minhas regras? Será? Sei lá!


Não poderia deixar de me posicionar diante do ridículo que alguns óbvios se puseram. Aí vai!

É fato que vivemos em uma sociedade dominada pela ditadura do relativismo. Pouco se percebe um compromisso com o social. Percebemos as pessoas fugindo de compromissos coletivos, e buscando viver uma vida individualizada. Com a supervalorização do "eu" individualizado, perde força o "eu" na sua dimensão de alteridade, de relacionamento, de compromisso com o outro. Se o que vale é a "minha vida", ou o "meu corpo", não há a necessidade de se preocupar com o bem coletivo. Esse egocentrismo gera a corrupção, gera os excluídos, consolidam as pessoas que estão à margem da nossa sociedade, e não são apenas os nascituros e fetos rejeitados. A corrupção também se fundamenta em pensamentos como o dessa campanha, que por não ter argumento sólido ataca o que não tem sabedoria para compreender.
Zygmunt Bauman diz que nós vivemos em uma sociedade líquida e que gera um amor líquido com uma vida e relacionamentos não sólidos caracterizada pelo descompromisso com o outro, com o real, em função do transitório. Isso é muito sério e exige muito a nossa atenção.
Admiro a capacidade intelectual que esses atores tem para trazer "entretenimento" ao povo, mas mais admirado ainda fico ao perceber que eles compreendem furtivamente de línguas antigas. Temos que ter muito cuidado para não sair por aí falando besteira.
E para finalizar meu pensamento desejo ilustrá-lo com a ideia de Esopo, em a raposa e as uvas. Quando me faltam capacidades para argumentar ou defender um ponto de vista, eu ataco e desmoralizo o dos outros.