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quarta-feira, 26 de dezembro de 2012
terça-feira, 25 de dezembro de 2012
sábado, 17 de novembro de 2012
Gardens around me!
quinta-feira, 15 de novembro de 2012
Frases soltas
Não se preocupe enquanto eu estiver falando algo a seu respeito, mas preocupe-se quando eu deixar de mencionar o seu nome!
Sei que não sou o melhor cara do mundo, e nem tenho qualidades perfeitas, mas quando digo algo é verdade!
O meu jeito te incomoda? Lamento, mas quem mais sofre nesse jogo sou eu, aprendemos muito a nosso respeito quando se convive consigo mesmo vinte e quatro horas por dia, isso eu te garanto! Estou tentando mudar, mas confesso que não é fácil!
Minha escolha não é definitiva! Seria se felicidade fosse uma escolha permanente!
O simples fato de me encontrar onde me encontro hoje não elimina a minha dor e humanidade!
Muitos dizem como já dizia Oswaldo Montenegro "Eu quero ser feliz agora!", é bonito ver a força e o desejo de buscar algo melhor para a vida, mas poucos percebem como Guimarães Rosa "Felicidade se encontra em horinhas de descuido!"
O Amor! O que é o Amor? Simplesmente INDEFINIDO!
Como vocês perceberam, hoje resolvi não publicar minhas idéias em versos, palavras soltas... Até breve!
Sei que não sou o melhor cara do mundo, e nem tenho qualidades perfeitas, mas quando digo algo é verdade!
O meu jeito te incomoda? Lamento, mas quem mais sofre nesse jogo sou eu, aprendemos muito a nosso respeito quando se convive consigo mesmo vinte e quatro horas por dia, isso eu te garanto! Estou tentando mudar, mas confesso que não é fácil!
Minha escolha não é definitiva! Seria se felicidade fosse uma escolha permanente!
O simples fato de me encontrar onde me encontro hoje não elimina a minha dor e humanidade!
Muitos dizem como já dizia Oswaldo Montenegro "Eu quero ser feliz agora!", é bonito ver a força e o desejo de buscar algo melhor para a vida, mas poucos percebem como Guimarães Rosa "Felicidade se encontra em horinhas de descuido!"
O Amor! O que é o Amor? Simplesmente INDEFINIDO!
Como vocês perceberam, hoje resolvi não publicar minhas idéias em versos, palavras soltas... Até breve!
quinta-feira, 8 de novembro de 2012
quarta-feira, 7 de novembro de 2012
Diálogo entre ciência e fé
Em Feuerbach a Teologia se torna antropologia
Quando falamos de ciência,
logo vem em nosso pensamento a aversão à religião. Será que este dualismo parte
do senso comum ou possui fundamento pertinentemente válido? Questiono, porém,
temo não possuir argumento para respondê-la, contudo, gostaria de arguir um
pouco sobre este polêmico assunto.
Ao estudar nas aulas de Filosofia da
ciência sobre o Ateísmo Sistemático, entre os séculos XIX e XX, nos esbarramos
em uma figura muito interessante, Ludwig Andreas Feuerbach. Trata-se de um
sujeito, que após abandonar os estudos teológicos, tornou-se fiel discípulo de
Hegel. O pensamento de Feuerbach navegou pelo idealismo alemão, pelo
materialismo histórico de Karl Marx e pelo materialismo cientificista da segunda metade do século XIX.
Feuerbach desenvolve seu pensamento filosófico
inferindo que existe na religião uma carência da consciência que o homem tem de
si, sendo assim, o homem religioso aliena a sua essência ao ponto de se
comparar a um estado infantil da humanidade incapaz de reconhecer a si mesmo e
a Deus. Sendo assim, a consciência que o homem tem de Deus é a consciência que
ele tem de si. Fiquei imaginando, se Feuerbach chegou a essa conclusão acerca
dessa relação Deus e o homem ainda no século XIX, o que pensaria ele sobre esta
relação na atual conjuntura do século XXI? Abrindo um parêntesis no pensamento
puramente feuerbachiano arrisco mencionar que Deus é um ser mutável no passar
dos séculos, pois o que podemos ver hoje é que o Deus de várias religiões não
passa de uma figura criada a partir das carências humanas. Será que Feuerbach
tinha razão?
Com razão ou não, Feuerbach diz que
o “homem infantil” é um ser que teme as suas limitações naturais, teme ser um
homem finito, determinado e por isso cria para si uma figura abstrata, um ser
não real que fazendo uso de suas próprias qualidades e essência, externamente o
anima e o determina. Ou seja, existe uma necessidade de se afirmar em
características próprias, mas que partam de um fundamento exterior a si. Por
isso que os vários atributos divinos, mesmo que partam do mistério, são
encontrados no próprio homem. É através dos
sentidos que o ser humano é concebido como ser infinito e pleno de
determinações. Dessa forma, podemos conceber a religião como uma cisão no
homem: o ser divino é aquilo que o homem não é. Essa cisão entre o ser divino e
o homem representa uma cisão do homem com sua própria essência oculta. O homem
expressa essa essência através da religião, por meio dela, podemos encontrar um
conteúdo humano objetivado. As análises de Feuerbach sobre a religião mostram que o conteúdo dessas crenças podem ser
explicados de forma racional.
Não com a
intenção de ser cético, mas a fim de compreender ou até contribuir com o
pensamento de Feuerbach podemos pegar como base as Sagradas Escrituras do
Cristianismo. No livro do Gênesis, por exemplo, encontramos um paralelo entre
saga e mito que narra a criação do mundo e a forma como os seres criados a
imagem e semelhança de Deus são conduzidos ao longo da história, e assim como
em outros livros é possível notar características humanas no ser que é Onipotente. Assim, ainda muitas
pessoas usam o nome de Deus para difundir suas ideologias, para melhorarem suas
condições financeiras, para tornarem-se pessoas públicas e com status. Enfim,
quando alguém possuí uma boa retórica é capaz até de convencer que Deus está dando
ordens afim de que se cumpram certos modismos e caprichos intencionando
garantir um lote, uma casa, a vida eterna, a salvação em um reino almejado,
porém desconhecido.
Analisando
este lado da moeda podemos concordar com Feuerbach ao afirmar que A Teologia é
uma Antropologia e que a Antropologia é a história secreta da teologia. Este
tipo de Deus, já dizia Nietsche, está morto! Este tipo de Deus não comunga com
a ciência e nem com qualquer outra teoria ou prática de vivência, este tipo de
Deus entra em contradição consigo mesmo, este tipo de Deus é apenas a ilusão de
tudo aquilo que o homem não é capaz de ser, é uma mera criação humana, irreal e
incapaz de contribuir com o mundo e por isso concordo em gênero, número e grau
com Feuerbach ao afirmar que a Teologia se torna Antropologia.
Deus não
cabe na sua cabeça. Se Deus um dia for compreendido, Ele deixará de ser Deus e
passará a Ideia, e assim tudo o que existe enquanto teologia passará a
antropologia, e toda experiência transempírica passará a mito, assim como a
metafísica se não for mera física não existirá. Isso nos provoca a refletirmos
sobre uma coisa, qual é a relação entre a ciência e a religião? A Razão e a Fé?
Digo pois, se algum pensamento, ideia, prova ou argumento não considerar um equilíbrio
entre o natural e o sobrenatural, ele será incompleto, vazio, pobre e incapaz
de se sustentar. Ou seja, a Fé sem ciência é manca assim como a ciência sem a
fé não tem sentido, uma complementa a outra afim de que possamos viver bem a
vida que nos é proposta.
Assim, um
profissional do sagrado que baseia o seu discurso e a sua vida apenas numa
dimensão metafísica é um ser alienado, corrupto e vazio. O mundo sensível também
é criação de Deus, então porque negá-lo? Porque aniquilá-lo e viver como um ser
fora dele? Este tipo de ser humano precisa sim buscar uma experiência com o
sagrado, mas isso não implica que ele deva ser alguém que não entenda das leis físicas
e naturais que regem o mundo em que vivem. Da mesma forma é o profissional das
ciências naturais. Se ele não possuir uma experiência, mínima que seja, com o
sagrado, que sentido tem conhecer a natureza e as forças que a regem? Na verdade,
eu particularmente acredito que todos esses grandes cientistas, não confessionais,
que revolucionaram a história com suas fantásticas descobertas já encontraram
Deus, fazem, do seu jeito, uma experiência metafísica, diferente das que os
confessionais fazem, e por isso proporcionam tamanho bem a humanidade.
Talvez se Feuerbach
tivesse tido essa compreensão de que a Teologia e a Antropologia são duas
coisas distintas, mas que se completam, que não vivem desligadas uma da outra,
ele não afirmaria que uma é mera representação da outra e para que uma exista a
outra deveria deixar de existir.
quarta-feira, 31 de outubro de 2012
Isso é um assalto!
Essa semana, mas precisamente ontem (30/10), ocorreu-me algo que eu sabia que poderia acontecer a qualquer momento, mas não sabia como, onde ou por quê? Pois bem, narrarei o fato. Após terminarmos o nosso estágio no Instituto São Rafael no Barro Preto, estávamos, eu e meu comparsa Jonathas Andrade, a caminhar até ao metrô no centro de BH. Após transcorrer por toda avenida Augusto de Lima e passar pela Praça Raul Soares descemos em uma rua pouco movimentada sentido a rodoviária, pelas mediações da rua fomos abordados por um sujeito maltrapilho que disse, -"Me da uma ajuda aí, por favor", logo respondi, -Não tenho nada aqui senhor, e realmente não tinha, não portava comigo nem uma moeda de um centavo sequer. O moço que continuou a nos acompanhar na calçada voltou a dizer, -"pow cara, me da uma ajuda aí!", e eu voltei a dizer, -não tenho nada cara. Aí foi quando o sujeito que nos acompanhava apelou e nos disse em tom grosseiro, -escuta aqui, eu acabei de sair da cadeia, tenho AIDS e to pedindo ajuda e vocês se negam a me ajudar! O que vocês querem, que eu roube vocês?", daí retruquei no mesmo tom, -porra cara, já disse que não tenho nada aqui comigo!, então ele disse, -"é, então vocês estão me obrigando a levar o celular de vocês, isso é um assalto!" Eu sempre achei que quando escutasse isso pela primeira vez iria morrer de medo e temia ter um piripaque no meio da rua, mas isso não aconteceu, foi diferente, pois eu fiquei parado, calado, olhando para o sujeito tentando entender aquela situação, na verdade achei engraçado, afinal ele queria uma esmola ou nos roubar? Nessa hora, meu companheiro enfiou a mão no bolso e arrancou uma nota de dez reais e disse ao sujeito, "-Cara eu só tenho esses dez reais para a passagem, vamos ali num comércio trocar o dinheiro aí fica cinco para mim e cinco para você." Parece até piada, mas ele realmente fez essa proposta, que obviamente não foi aceita pelo rapaz. Com o dinheiro na mão, o pedinte que passara a meliante novamente me dirigiu a palavra dizendo, "-e você, passa o seu dinheiro!" Eu já estava fadigado com aquela situação, sem paciência enfiei a mão no bolso e tirei a minha carteira, a abri diante dele e repeti, "pow cara, já te disse que não tenho nada aqui, to zerado. Será que alem de desprovido de grana você vai me chamar de mentiroso?" e voltei a guardar a carteira no bolso. Acho que nesta hora o moço teve compaixão de nós, deixou de ser bandido e passou novamente a cidadão. Ele voltando para nós disse, "-olha galera, essa região é uma região perigosa, onde pessoas como eu ficam por aqui aguardando uma oportunidade para tirar das pessoas o que não nos pertence, por isso vocês precisam ficar atentos, quando virem alguém como eu tentei despistar, entrar em uma loja, não permitam que nos aproximemos muito de vocês, pois a nossa intenção é roubar, e se vocês não ficarei atentos conseguiremos fazer isso com muito êxito!"
Agradecemos a dica de Como não ser assaltado no Centro de Belo Horizonte, por um ladrão, cidadão, sei lá e seguimos nosso caminho. O Jonathas nos conduziu rapidamente para fora daquela região, temendo ser abordado por outros pedintes como este, e após alguns passos, caímos na risada!
Imagem da semana
Essa semana resolvi inovar, postei como imagem da semana uma fotografia diferente das que venho postando regularmente. Nesta imagem podemos observar um prédio histórico no centro de Belo Horizonte (Rua Bahia) onde está instalada uma das lojas da Drogaria Araújo.
sexta-feira, 26 de outubro de 2012
Corações e Canteiros
Hoje
ao visitar o jardim interno da casa fui capaz de perceber algo imaginável. Fui
levado a descobrir o jardim secreto do meu coração. Sim possuímos ao menos um
jardim secreto, há aqueles que possuem mais de um, não sei como são administrados,
mas existem.
O
jardim interno já estava gasto, feio, com poucas plantas meio amareladas que
quase não tinham força para gerar sequer uma reinante flor. Não surtiam muito
efeito as medidas paliativas de cultivo, funcionavam como remendos de roupas,
surtia alguma melhora, mas não solucionava o problema, pois logo era preciso
outro remendo. Tão logo o canteiro tornava a ser como antes, produzindo menos
beleza do que era capaz de produzir.
Contudo,
era preciso tomar uma difícil decisão, era preciso ser radical, precisamos ser
radicais algumas vezes. Vamos desmanchar o canteiro! Modifiquemos sua
estrutura! Nossa! Como foi sentido arrancar cada planta, arrancar os lírios foi
a tarefa mais difícil. Agora o colorido havia se tornado num espaço de terra
triste, vazia, incapaz de inspiração. Porém a terra já estava cansada,
massacrada, machucada, remendada. A terra precisava ser curada. Vamos revirar a
terra e torná-la mais eloqüente! Vamos ainda aplicar algo que cure sua acidez.
Não produzimos nada muito bom quando estamos meio azedos. Pois bem, cultivemos
a terra, limpemo-la, tiremos toda sujeira como pedras e outros resíduos. Agora
sim, a terra está transmitindo um bom sinal, parece estar melhor. Parece estar
preparada para o plantio. Plantemo-la! Nossa, as plantas feitas mudas estão com
um ar murcho, parecem que não vão resistir ao transplante. Será que irão
sobreviver? Impressionante! Elas estão apresentando uma leve reação, estão
melhorando. Algo bom e novo está acontecendo!
Olhe!
Observem o meu jardim interno como ele está bonito, florido, cheio de vida. Não
parece o mesmo canteiro, parece outro. A mudança é muito significativa. Meu
Deus como é bom contemplar esse jardim! Ele inspira tantas coisas, ele traz
boas memórias, nos inspira um caminho seguro. É um sinal de vida!
Assim
é o nosso jardim secreto, cheio de canteiros. Canteiros que são sinais de vida,
mas também inspira morte, solidão, egoísmo insensibilidade. Precisamos cuidar
dos nossos corações, eles precisam ser sempre sinal de vida, exemplo. Mas para
isso não podemos temer a dor, o diferente, o novo. Somos nossos próprios
agricultores! Precisamos cultivar os relacionamentos, eliminar a acidez do
coração, retirar as impurezas da alma, só então floriremos a vida. Apesar de
causar dor, nos traz alegria, esperança. Faz-nos percorrer por caminhos
sinuosos, porém são sinais àqueles que caminham, são certezas para àqueles que
têm esperança, para aqueles que esperam e buscam. Portanto, não tema a poda,
pois ela apesar de ser dolorida vai nos fazer crescer belos e robustos. Cuidemos
de nossos jardins, cultivemos nossos canteiros para que nossos corações sejam
cada vez mais cheios de vida e a alegria de se viver.
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
sexta-feira, 5 de outubro de 2012
O dia
A cada manhã inicia-se um novo dia, um dia
novo cheio de novidades, os acontecimentos geralmente não se repetem. As
pessoas até tentam programar o seu dia acreditando que ele caberá em uma página
de agenda, mas não cabe, ele transcende! Concordo que a agenda ajuda a
organizar o dia, mas não programá-lo. O dia tem programação própria.
As pessoas se queixam por caírem na rotina,
mas o que é a rotina? A rotina nada mais é do que um dia programado, controlado
que descontrola-se e nos sufoca. O grande poeta mineiro Gimarães Rosa dizia que
felicidade se encontra em horinhas de descuido, ou seja, horas não programadas,
horas fora do roteiro, do script. Portanto, faça do seu dia inteiro horinhas de
descuido. Não estou dizendo isso afim de demasiar o compromisso, as responsabilidades,
muito pelo contrário, estou afim de torná-lo mais autêntico. O dia está pronto
para nós, está pronto para ser vivido, e nós insistimos em enche-lo de
remendos. Ele é muito mais belo puro, sem reparos. Por isso é preciso lembrar-se
sempre de que os compromissos diários estão a serviço do homem e não o homem é
escravo dos seus apontamentos. Não perca de vista o seu ponto de partida e
assim poderás contemplar as belezas do dia. O dia puro e simples, mas que pode
nos fazer muito mais felizes.
O arco-íris, o sol são fragmentos do dia que
estamos deixando de contemplar. Por isso que recordamos com tanta saudade do
tempo de infância, a marca do tempo em que vivíamos intimamente sintonizados
com o dia.
Quer uma dica?
Abra os olhos e viva!
segunda-feira, 1 de outubro de 2012
Sexo Animal
Eles também amam!
Achei bem curioso esta fotografia que tirei ao voltar da PUC na semana passada. Trata-se de um casal de percevejos em pleno ato sexual. Na verdade havia uma colônia sexual naquele local. A cena tornou-se tão curiosa para mim, que resolvi pesquisar sobre o assunto, e para minha surpresa, aquele inseto mais gordinho e mais é forte é a fêmea. Ela carrega o macho para onde ela quiser além de alimentá-lo durante o ato sexual.
Vivendo e aprendendo!
sábado, 29 de setembro de 2012
Filosofia do Rivotril
Não
precisa ser um grande estudioso para notar o alto crescimento de uma escola do
pensamento no campo mundial. Tal escola tem difundido uma cultura depressiva
entre os seus pensadores, e estes tem ganhado cada vez mais notoriedade; para
se ter uma ideia, está até muito bem divulgada nos meios de comunicação social.
A escola a qual me refiro é a veia morta da humanidade alta consumidora das
drogas anestesiantes do saber. O consumo de antidepressivos tem crescido
consideravelmente nos últimos tempos, e quanto mais se consomem os rivotrils da
vida, mais alienação existe entre os consumistas depressivos. Dado ao fato, não
impressiona perceber que a sociedade atual, diferente de outros tempos, acumula
problemas para si. Será porque que as pessoas estão, aparentemente, cada vez
mais afundadas em situações desagradáveis que não tem fim? Acredito eu, que o
pensamento crítico na contemporaneidade está em crise, em uma crise
existencial. Não digo isso apenas em questões acerca do pensamento teórico, mas
também do pensamento prático do cotidiano humano. Sim, o jovem após uma
decepção amorosa prefere “encher a cara” a enfrentar a situação. Os pais, por
sua vez, preferem tomar calmante e ir dormir ao ter que ver o seu filho chegar
“chapado” em casa. Não há diálogo, não há confronto de ideias, não há produção
do pensamento.
As
pessoas estão fugindo dos seus problemas de um modo nem tanto aconselhado. A
razão está sendo anestesiado a fim de aliviar a dor e o sofrimento. Contudo, a
melhor maneira de solucionar ou aliviar a dor definitivamente é enfrentando-a,
todavia, não é uma tarefa de fácil execução e nem nos apresenta prazer ao
exercê-la, porém as consequências serão muito mais agradáveis. É preciso
encarar o medo de sofrer. O esquivamento só aumentará a nossa fuga do monstro
que nos oprime, que cresce e ganha mais força a medida que não o enfrentamos.
Assim,
podemos entender que os anestésicos da mente, apesar de aliviar a dor naquele
momento crítico, não soluciona os nossos reais problemas, muito ao contrário,
na verdade, eles nos enfraquecem diante dos nossos maiores inimigos, como o
medo, o sofrimento e a dor. Esses inimigos, muitas das vezes são nossos
bichinhos de estimação que habitam os nossos sonhos e que depois de ignorados
tornam-se os monstros que dominam os nossos pesadelos e nos conduzem a um só
lugar, ao fracasso. Aqui, acredito caberia a célebre frase do Cleto Calimam, “É
preciso cultivar os pequenos vícios para não cairmos nos maiores”. Quando
reconhecemos nossas fraquezas, temos uma maior possibilidade de nos tornarmos
mais fortes, pois, cuidar com atenção das sitações que nos fazem sentir seres
pequenos nos tornam pessoas mais maduras capazes de enfrentar com grandeza os
problemas maiores.
Enfim,
não se trata de masoquismo ou uma busca desnecessária pela dor, mas um
confronto de sentimentos que tem como finalidade o bem-estar pessoal. Lembrando
que o conflito é sinal de vida, e o sentimento de prazer estar ligado ao não
prazer, logo o saber parte da dúvida. Por isso permitamo-nos confrontar afim de
que produzamos conhecimento, prazer, alegria e bem-estar.
terça-feira, 25 de setembro de 2012
Louvor a Chuva
Ansioso
esperava, persistindo aguardava
O
fenômeno natural que este ano tão tardara!
Necessidade
expressava homens e mulheres
Gente
comum da burguesia ou bastardo.
Crianças
e anciãos, com força clamavam
Venha
do alto, oh! Tão pura água!
A
terra tem sede, avermelhada soprava,
Sobre
as murchas folhas as vezes queimadas!
Desastres
se viam nas nuvens cinzentas
Que
ao céu quase tocavam, nas duras queimadas!
Animais
desfaleciam, na dureza do dia
Só o
homem não via dolorosas ações.
A
tristeza pairava na tão alegre natureza
que
despida de tua tão grande beleza
gemia
e chorava qual mulher em dores de parto
no
silencioso grito que nos becos ecoava
afim
de suas vozes juntar e um único clamor entoar
aos
seres do alto e um novo canto cantar.
Dou
graças aos céus que o meu canto ouviu
E sem
reservas o meu pedido proveu
Do
alto, da longínqua imensidão nos enviou
Tão
bela e pura a torrencial chuva
Que
tão forte e imponente a sede saciava
Dos
miseres que desiludidos pastavam!
Oh!
Glória! Alegria e Louvor! Entoemos em coro
Por
tão grande e esperada visita amiga
Que
aos campos vem os prantos enxugar!
Que
a cor desbotada faz cintilar, realçar,
Quão
grande beleza brutalmente demasiada
Pela
força, pela dor, no ardor da forte chama.
Olhe!
Contemple! Viva tão grande beleza
A
beleza dos verdes campos e a pureza do ar
Que
as narinas vêm visitar e a alma acalmar
Coroando-nos
com tão valioso presente divino
Composto
por dois hidrogênios e um oxigênio
Que
sobre nós vem derramar afim de a vida transformar.
Quero
sair, correr e brincar
Sob
os fortes pingos em meu rosto a rolar
Faço
a infância voltar, na alegria do meu peito a pulsar
Ah!
Faço festa, entôo canções e rimo meus versos
Em
um grande louvor a irmã água
Que
do céu me visita e provocante minha vida ínsita.
segunda-feira, 24 de setembro de 2012
Para Refletir
"Brasil! Mostra a tua cara quero ver quem paga pra gente ficar assim!"
Recadinho do coração para uma alma possivelmente crítica
Observe a Imagem!
Observou? Então pronto, vamos começar!
-Você conhece esse senhor da imagem?
-Senhor!?
-Sim, senhor sim! Ele é um ser humano como o senhor, ele tem um nome como o senhor, ele é cidadão como o senhor, ele tem direitos e deveres como o senhor...
Este "senhor" atende pelo nome de Edmundo, e creio poder chamá-lo de amigo! O Edmundo não é vagabundo, não é bandido, não é traficante, não é uma porção de coisas que imaginamos ser ao observar a foto. O senhor Edmundo é simplesmente mais um cidadão como o "senhor", como nós! A diferença é que o Edmundo não teve condições sociais e psíquicas para continuar sendo o que foi um dia. Todos nós sofremos desagradáveis conflitos na vida, porém ainda continuamos de pé!
Conheci o Edmundo no último sábado (22/09) na rua Bahia no centro de BH. O Edmundo é um poeta fabuloso, suas poesias traduzem conflitos da alma humana, retratos do seu cotidiano, e demonstra uma sensibilidade sobre-humana da realidade física e também metafísica.
Tentando conhecer o Edmundo eu comecei a duvidar de quem eu era.
Suíte do Edmundo |
Eu durmo sobre colchões macios e lençóis limpos e o Edmundo sobre um papelão velho; Eu durmo com um edredom quentinho e um travesseiro macio e o Edmundo com um cobertor furado e reclina a cabeça sobre uma pedra; Eu tenho o Estado de Minas a Folha de São Paulo todos os dias e o Edmundo folhas de jornais da semana passada; eu tenho uma dieta regular e o Edmundo a sobra do cachorro, quando tem!; eu tenho família, amigos, estudo e trabalho para curar minha nostalgia, e o Edmundo a cola de sapateiro numa garrafa de Coca Cola; Eu tenho pessoas, como você, que leem os textos do meu blog, mas ninguém se interessa pelos poemas do Edmundo que são literalmente superiores aos meus!!! (??????????)
Diante disso, fico a imaginar o que os nossos representantes políticos tem feito para mudar a história de Edmundos espalhados pelo país inteiro. Triste é acreditar que nada! Triste é perceber que tanto políticos quanto eleitores, cidadãos, cristãos, seres humanos, enfim, não enxergam o Edmundo. "Pior é o cego que não quer ver!" A nação tem o representante que merece, que elegeu e que tem a sua cara, a sua índole e caráter. Uma mudança, não vem de cima para baixo! Como construímos um prédio de 15 andares? Será que construímos o décimo quinto andar primeiro? Apesar de ser totalmente incoerente é a realidade que estamos vivendo no Brasil. Estamos construindo a nossa sociedade a partir do décimo quinto andar. A base está comprometida, está podre. E de quem é a culpa? Ora, do Edmundo é claro!
Quantos Edmundos você já fez sorrir?
Quantas vezes você já se colocou no lugar do Edmundo?
Confesso que a minha amizade com o Edmundo tem me constrangido, porém, o que seria de mim sem o constrangimento? Por isso quero lhe fazer uma proposta, vamos lançar uma campanha, a campanha "Ajude um Edmundo!" Faça um Edmundo feliz para uma sociedade melhor! Lembrando o seguinte, um ato de bondade só é válido quando feito despretensiosamente. Não adianta fazer o bem ao Edmundo simplesmente pelo fato da obrigação moral e/ou religiosa, ou pela possibilidade de ver as praças sem moradores de rua, e nem por que eu posso ser um Edmundo um dia, mas pelo simples fato de que eu não sou melhor que Edmundo nenhum!
Lembrando! Um governo honesto é feito por eleitores honestos, uma sociedade justa é feita por cidadãos justos, uma religião oblativa é feita por fiéis oblativos e um Edmundo feliz é feito por outro Edmundo feliz.
Pense nisso!
Arte Edmundesca |
Felicidade Miúda
Estamos vivendo numa época em que o
tempo está mudando. Não é simplesmente uma época de mudança, mas uma mudança de
época. Alguns momentos da nossa história foram marcados por essa transformação,
por exemplo, a Idade Média, o período clássico Europeu e várias épocas que
ficarão registradas eternamente em nossa sociedade.
Então, esta mudança não é algo inédito,
não é novidade, mas o que difere este tempo dos outros é que nesses outros
momentos da história tinha-se em vista o que poderia ser de mais moderno, mais
novo, e o novo era durável. Contudo, hoje a modernidade já está ultrapassada, o
novo não é tão durável e o que é novidade agora, torna-se obsoleto logo amanhã.
Acompanhar o mercado, as mudanças
sociais, as novas tecnologias e as capacidades humanas têm sido tarefas árduas,
pois causa confusão na capacidade antropológica do ser humano de sobreviver com
aquilo que lhe é necessário. A maioria dos homens não sabem o que é essencial
para a sua sobrevivência, portanto acompanhar as opções de uma sociedade excludente
e capitalista tem sido a busca pela felicidade de muitos. Os que conseguem
acompanhar esse processo alcançam a "felicidade", porém uma
felicidade miúda, mesquinha e vazia. Todavia, os que não conseguem acompanhá-lo
vivem em um mundo secundário e "não original" em busca da felicidade
perfeita, infelizes e hipócritas, avarentos e ambiciosos em busca de alcançarem
o primeiro nível. Contudo, o que nenhum dos dois sabem, é que ambos lotam os
consultórios psiquiátricos em busca da cura que está dentro deles próprios, mas
que durante toda a vida foi procurada tão longe e distante e nunca foi
encontrada e nem poderá ser comprada.
Agora vem o questionamento. Qual é a
saída para tudo isso? Haverá solução? O problema maior é esse, a vida
atualmente é totalmente efêmera e ainda não se pode ver uma luz no fim do
túnel, ainda não somos capazes de saber onde iremos chegar e como lá
chegaremos. Esse é o maior problema! Todavia, uma das coisas em que eu mais
acredito é que cada dia dever ser vivido intensamente com o que ele tem a nos
oferecer. Aproveitar o hoje com os presentes que ele nos tem a oferecer, pode
ser uma boa maneira para aproveitar cada detalhe do dia e ser feliz de verdade.
quarta-feira, 19 de setembro de 2012
Imagem da semana!
Algo que muito me impressiona ao observar um Ipê é perceber que mesmo com a falta de chuva e a paisagem meio acinzentada ele consegue se impor, colorir e amenizar a dor dos olhos!
terça-feira, 18 de setembro de 2012
Servo no Amor
Servus in Charitate
Dom José Eudes é aclamado pelo povo como novo bispo da Igreja |
"O Senho Colocou-nos no mundo para os outros" (Dom Bosco)
Dom Geraldo Impõe as mão sobre mons. José Eudes invocando o Espírito Santo |
No último sábado, participei pela primeira vez de uma Ordenação Episcopal. Aconteceu na cidade de Barbacena-MG e o eleito era o Rev. Mons. José Eudes Campos do Nascimento. Uma cerimônia rica em símbolos e com ritos fortes de elevação do coração humano ao coração de Deus realizou-se na praça do centro da cidade. Contudo, o que mais me chamou a atenção não foi tanto a grandeza do rito, a beleza da ornamentação, ou a bela celebração ali realizada, mas, ao seu final, as palavras do já então bispo da Igreja de Leopoldina-MG Dom José Eudes. Primeiro, a menção de gratidão à Família Salesiana, onde ele deu os primeiros passos de sua caminhada ao chamado de Deus, e que segundo ele, o acompanha até os dias atuais através do testemunho de São João Bosco. "O Senhor colocou-nos no mundo para os outros é para mim o verdadeiro testemunho de um cristão comprometido com a Palavra de Deus". Segundo, quando em sinal de amor e humildade agradeceu a sua família por tanto amparo e ensinamento. De forma especial lembrando-se do falecido pai "João Bananeiro", como era conhecido, e como fez questão de chamar o seu querido pai em sinal de amor e humildade diante de todo o povo de Deus presente naquela praça. E por último, ao se dirigir aos então diocesanos de Leopoldina, "Se vocês procurarem um Doutor em Teologia, um especialista em Liturgia, e conhecedor do Direito Canônico, um grande pensador e intelectual, perdoa-me mas acredito que vocês terão que esperar um pouco, pois não possuo domínio dessas características, mas se vocês estiverem a procura de um Pastor, de um Pai e Amigo, gostaria de dizer que estou a disposição." Com essas belas palavras Dom José Eudes foi aplaudido pelo povo que com lágrimas nos olhos se orgulhava em encontrar num pequeno ser humano as bençãos e a graça de Deus grandioso.
A Bíblia é colocada sobre a cabeça do ordenado, para que este seja guiado pela Palavra Divina |
Dom José Eudes pronuncia o seu discurso de agradecimento |
Placas
Quando agente acha que já viu de tudo nessa vida, sempre nos aparece uma novidade. No último fim de semana fui conduzir um padre até a sua terra natal (Joselândia, distrito de Santana dos Montes-MG) e durante o percurso fui surpreendido por uma placas inusitadas que chamaram a minha atenção pela criatividade e espontaneidade.
Conduzia pela pedregosa estrada quando avistei...
...não bastace a advertência acima, o interlocutor enfatizou...
Já gozava de uma alegre surpresa e atenção redobrada quando fui informado o real motivo de ser necessário conduzir "DEVAGAR MESMO"
Seria cômico se não fosse trágico! Imagina a quantidade de formigas que são esmagadas pelas estradas do nosso Brasil sem alguma atenção e amparo sequer.
terça-feira, 4 de setembro de 2012
O valor de uma amizade
Hoje encontrei-me a refletir sobre o valor de uma
amizade, daí pensei, quanto custa um amigo? Quantos fundo-fixos eu teria que
economizar para adquirir uma amizade verdadeira? Quantos investimentos,
aplicações? Estou sendo muito capitalista ao tentar comparar uma amizade com um
investimento ou um fundo monetário. Posso então tomar a liberdade e pensar
assim, quanta coisa da vida particular eu teria que deixar de fazer para
construir uma amizade? Quantas vezes eu teria que deixar de ser "eu"
para dedicar-me ao "outro"? Pensando assim percebi o quanto somos
egoístas e buscamos amizades que nos fazem apenas desfrutar das coisas que nos
interessam. Somos tolos quando não percebemos que um único amigo vale mais que
toda a nossa vida, e que quem foi capaz de encontrá-lo encontrou um tesouro de
inestimado valor. As vezes passamos a vida inteira e só no final dela percebemos
que vivemos e não convivemos, percebemos que nos fizemos felizes, mas não
permitimos que alguém nos fizesse feliz, ou melhor, descobrimos que não fizemos
o "outro" feliz. Pior é quem acha que a felicidade é individual,
solteira, isolada. A felicidade é coletiva, é comunitária, é conjugal. No final
de tudo só chego a uma conclusão, não sou capaz de entender nem sequer
compreender o real valor de uma amizade, pois a quem foi concedida tamanha
graça não importa fundo fixo, investimento, capital de giro, tempo perdido, mas
a vida inteira que alguém o fez feliz de forma recíproca. E no final das contas
percebemos que o que realmente vale a pena é ter um amigo e ser amigo de
alguém. E a vida apenas nos fará sentido quanto tivermos com quem partilha-la.
Pense nisso! Um abraço amigo!
sábado, 1 de setembro de 2012
quinta-feira, 30 de agosto de 2012
Diário Pessoal 02/04/2012
Logo
de manhã ao abrir os olhos e perceber a luz penetrando, sentir o ar adentrando
as narinas, encontrar o ritmo do meu coração; me enchi de esperança. Sei que
apesar de tudo, ainda estou vivo, ainda sou capaz de escrever um verso, ainda
sou capaz de compor uma poesia e sei que ainda poderei entoar uma canção.
Poucos as querem ouvir, mas não importa, eu não me importo, o que na verdade importa
é que tudo isso é a mais sincera e sublime manifestação de Amor do meu amor ao
Amor de toda a minha vida.
Enquanto
for capaz de acordar todas as manhãs com esses sentimentos seguirei andando, caminhando rumo ao encontro
da voz que me chama, tendo uma única certeza, a certeza de que são incertos os
caminhos que irei palmilhar.
quarta-feira, 29 de agosto de 2012
Fazendo história...
Diz o poeta que "cada um compõe a sua própria história", e concordo com ele. Contudo, duvido muito que conseguiria compô-la sozinho! Cheguei aqui pela graça de Deus, pelo meu esforço e pelo apoio que recebi das pessoas que me amam muito mais do que eu seria capaz de merecer! Por isso, aprendi a amar! Viva a Vida!
segunda-feira, 27 de agosto de 2012
Escolhas
PARA QUE ESCOLHER A ARMA SE EU POSSO COLHER A FLOR?
Abri os olhos hoje com um
questionamento: Para que escolher a arma se eu posso colher uma flor? É certo
que não apenas meus olhos se abriram, mas também o meu coração!
Escolher a arma é optar pela dor,
tristeza e morte. Diferente de colher a flor que é querer o alívio, a alegria e
a vida.
Como preferir o desespero ao amparo?
Loucura! Conscientemente pensamos, mas
inconscientemente agimos diferente. Vivemos assim, pregando uma coisa, mas
fazendo outra completamente diferente. Queremos a paz! Será que queremos mesmo?
Por que então não faço eu mesmo sem esperar por terceiros?
Para que escolher a arma se eu posso
colher a flor?
Colher a flor exige cuidados. É preciso
semear, cultivar, regar, adubar, cuidar
e só depois de muito carinho é que vem o período da colheita. E escolher
a arma?
Como sou capaz de escolher o inferno ao
céu? Se o céu é tão bom, por que tantos testemunhos do inferno?
A vida é um fio sensível que requer
carinho e atenção, sua ruptura poderá causar um desastre. Como há fios
rompidos! Colher a flor requer amor a vida e empenho por ela.
Por que escolher o ódio ao amor, o azar
à sorte, o rancor ao perdão, se é o bem que queremos?
Cansamos prometendo amor e fazemos
sofrer, nos formamos jurando ética e somos desumanos, nos elegemos prometendo
honestidade e somos corruptos. Onde queremos chegar? Onde chegamos?
Para que escolher a arma se eu posso
colher a flor?
Tudo o que existe hoje, fora semente um
dia! A semente bem cultivada gera frutos bons e belos jardins, mas uma semente
desprezada torna-se desamparo a outras sementes gerando canteiros opacos, sem
frutos, sem vidas que semeiam a discórdia e a guerra.
Ainda me pergunto e grito, por que
escolher a arma se eu posso colher a flor? Somos aquilo que semeamos e
plantamos não o que camuflamos ser. Se
pregamos o amor, por que então colhemos tanta dor? Por quê? O discurso está
vazio e fantasiado, isso de nada adianta, por isso CALE A BOCA! Se você quer
viver em um mundo melhor comece a preparar bem as suas sementes e cuidar para
que seus canteiros sejam repletos de vida, assim, perceberá que a vida
produzida em seu canteiro atrairá outras vidas, então teremos duas nítidas
opções, escolher a flor e colher a flor. Acredito que assim veremos a verdade
do poeta ao encontrarmos nossos jardins repletos de lindas borboletas.
Por que escolher a arma se eu posso
colher a flor? Eis a questão!
sexta-feira, 24 de agosto de 2012
quinta-feira, 23 de agosto de 2012
O Outro
Hoje no intervalo entre a manhã e a
tarde tive a oportunidade de romper a clausura e viver uma experiência única.
Desconfortante, porém única. Pude descobrir um pouco mais de mim e dos outros.
Caminhava declinadamente pela calçada
adjacente a praça do centro da cidade, e a principio pensava em mim, nas minhas
atitudes e de como tentava centralizar os fatos e acontecimentos na minha
pessoa. Pensei como por várias vezes fiz pessoas acreditarem que a minha ideia
era a melhor, ou até a verdade, sem ao menos ter escutado com atenção, e isso é
um princípio de educação, a pessoa que
tentava defender sua ideia. Muitas vezes não era a ideia da pessoa que era
fraca, mas a minha presunção era altamente elevada ao ponto de convencer os
outros de que as minhas ideias eram mais sólidas.
Pois bem, pensava tudo isso enquanto
caminhava pela calçada, foi quando então resolvi olhar nos olhos das pessoas
que cruzavam meus passos, olhei nos olhos afim de enxergar a alma e captar os
sentimentos claros e ocultos de alegria, tristeza, conformação, indignação,
enfim. Alguns cruzavam o meu caminho com tanta pressa que pareciam estar
atrasados para um compromisso, outros caminhavam sem pressa com sua conversas fogosas
sobre família, vida íntima e suas compras de natal. Isso me fez notar as
particularidades de cada pessoa e o emaranhado de pensamentos que fluíam de
cada um que passava naquela praça. Então, para minha surpresa, percebi-me ao
olhar para a alma daquelas pessoas, a partir das suas janelas, seus olhos, que
eu me colocava no lugar e na vida de cada ser humano daqueles que olhei nos
olhos. Aí surgiu um conflito! Em alguns eu imaginava uma vida tranquila,
metódica e serena, em outros uma vida agitada, aventureira e conflituosa,
contudo, o único de vida normal era eu, mas que para os outros era uma vida
diferente, para alguns especial, já para outros, uma perda de tempo. E quem
está certo?
Pude viver, mesmo que por alguns
segundos, a vida dos outros, pensar e agir como eles, e então percebi que eu
não era o centro do universo, e que
muitas pessoas, mas muitas pessoas mesmo, pensavam assim como eu. Percebi que o
grande mal da nossa sociedade pode ser a indiferença. A pior coisa que um ser
humano pode dar ao outro é o desprezo. E quase a maioria totalitária da
humanidade é indiferente ao outro, estou mentindo ou exagerando? Acho que não
estou! Ou você sempre ouviu o que te disseram com a mesma atenção que você
gostaria de receber ao discursar sobre algo. A maioria das amizades são
consórcios de ideais. Onde está a verdade? Fingimos prestar atenção nas pessoas
apenas para sermos sociáveis, eis a diferença entre o escutar e o ouvir. Eu não
sei você, mas eu não suporto quando estou falando com alguém e os olhos da
pessoa me dizem que estão escutando outra coisa, e tudo isso se confirma quando
a pessoa abre a boca quando termino meu "falatório". É incrível!
Nosso principio de educação social não está mais superficial porque não pode
voar.
Portanto é importante ouvir mais os
outros, ruminar suas críticas e argumentos afim de tentar tirar o essencial
para a vida. Todavia, o silêncio é um grande amigo quando se quer valorizar o
aprendizado, e principalmente quando nos colocamos na qualidade de aprendizes,
que somos e seremos eternamente. Aquele que é capaz de perceber tamanha virtude
será um bem para si próprio e para os outros, construindo assim uma sociedade
de pessoas iguais e não centralizada que exclui o outro como vemos claramente
na atualidade. Uma dica para começar a melhorar o nosso relacionamento já foi dada
pelo grande filósofo humanista da linguagem Wittgenstein "Quando o assunto
é muito sublime, cale-se".
Olhares sobre Venda Nova do Imigrante-ES
Neste último fim de semana eu tive a graça de retornar a cidade de Venda Nova do Imigrante no estado do Espírito Santo. Durante o tempo em que la fiquei pude observar as fantásticas belezas naturais que aquele paraíso nos oferece. Portanto, vos apresento os meus Olhares sobre a cidade de Venda Nova do Imigrante!
Dois lindos canários que encantavam e cantavam |
Ate parece que falam! Olhem! |
Como comentar???? |
Fiquei encantado com esse tipo de erva daninha, parece ate planta! |
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