sábado, 24 de setembro de 2011

A LOUCA!


Acho que estou grávida! A principio fiquei assustada, mas logo me acalmei. Minhas amigas estão espantadas e me questionam a veracidade do fato, porém, eu não disse que estava grávida, mas sim que achava que estou grávida! Então elas me perguntam: então você não está grávida!?! E eu respondo que não sei, pois somente acho que estou grávida! Me chamam de louca e me perguntam o porquê eu não faço o exame para comprovar ou não a existência da gravidez. Elas não me entendem, não respeitam este meu momento “diferente”. Estou feliz de viver o “risco” da possibilidade de uma gravidez, é diferente, é algo novo que me proporciona uma alegria nova não vivida em nossa sociedade. As pessoas geralmente quando desconfiam de uma gravidez, procuram logo tirar a duvida, elas não vivem intensamente esse momento que eu estou vivendo. Me chamam de louca, insensata, mas são todas hipócritas ao viverem o medo e o prazer de uma gravidez. Não se trata de um desleixo da minha parte, muito pelo contrário, dou muita importância ao fato, contudo não quero deixar de ser Mãe sem deixar de ser mulher, forte, guerreira. Se eu estiver realmente grávida, um dia não mais estarei, porque já serei mãe, e a criatura que provavelmente habita em mim será expelida como um objeto estranho para se aconchegar em meus braços e se tornar meu filho, meu amado, minha vida.
Acredito que as pessoas entraram em um ciclo que as prende, impossibilitando a felicidade. Estão tão ligados a estrutura, que esquecem o tesão da vida, a alegria, a liberdade, a autonomia. Por isso, eu acho que estou grávida! Pouco me importa o que virá! Eu não me fadigarei nas preocupações assoberbadas. Eu estou bem assim, feliz, tranqüila, livre. Todavia, elas só transam com camisinha e anticoncepcional, ou se preferir, tem relação sexual com preservativos e contraceptivos, juntos para ter certeza que evitarão a gravidez, não quero ser assim, nem como aqueles que abortam ou depositam no lixo o parasita intra-uterino, muito menos como aquelas que se sufocam em suas preocupações pré-natais. E já disse! Não quero ser assim, não me importo com as conseqüências dos meus atos desde que não fira ninguém. Somente acho que estou grávida, e se estiver mesmo, um dia não estarei mais e isso pouco me importa! O que me importa de verdade é que os meus filhos brasis estejam em meus braços bem cuidados, preservados, amados e, sobretudo preparados para a guerra da soberania, da dominação do kietche. Posso está grávida, por isso não me preocupo, pois sei que devo estar preparada para amar my lovely preganacy !!!

Denis Dutra Marques

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