sexta-feira, 20 de julho de 2012

Espetáculo Espetacular



Ontem, dia vinte de julho, ganhei um presente de valor imensurável. Ganhei o ingresso para o espetáculo Morte e Vida Severina no Teatro da Cidade em BH. Digo que este presente não tem valor não apenas por gostar de teatro, mas por se tratar de uma obra de tamanha relevância artística.
A morte dando um show de interpretação
O texto do espetáculo é original de João Cabral de Melo Neto, que sob a direção de Pedro Paulo Cava, também proprietário do Teatro da Cidade, que rege os quinze artistas componentes do elenco. Diga-se de passagem, e que elenco! (Evaldo Nogueira, Luiz Gomide, Tiago Colombini, Luciene Lemos, Adilson Maghá, Diorcélio Antonio, Gustavo Marquezini, Meibe Rodrigues, Priscila Cler, Nana Andrés, Adriano Alves, Fabiane Aguiar, Jefferson de Medeiros, Júlia Borges e Maria Tereza Gandra) O espetáculo tem a dimensão dos musicais da Broadway, digo isso com propriedade e sem exageros, é realmente fantástico. O texto 
é intercalado com canções de Chico Buarque e Luiz Gonzaga que são interpretadas a várias vozes pelo próprio elenco da peça, toda a produção sonora é feita ao vivo pelo elenco incorporando os sons de viola, violão, flauta barroca, flauta transversa, zabumba, triângulo, agogô e chocalho.
Os personagens Severino Retirante e Mestre Carpina
Outro detalhe interessante é o cenário, a vida nordestina foi perfeitamente apresentada naquela arena cultural. Falando em arena, algo que precisa ser reconhecido é a estrutura do teatro que combina com o cenário. Com uma estrutura de arena o palco não se limita a aquilo que vemos a nossa frente, mas os corredores e escadarias entre os espectadores permitindo que o público viva de forma completa, sentindo-se parte do elenco. Sem contar que sorrateiramente durante os atos o projetor no centro do palco apresenta obras de Portinari que se revezam conforme a cena que se passa. Enfim, não sou capaz de contar tamanha emoção em assistir esse espetáculo, digo apenas que vale a pena, pois a experiência é algo particular e cada leitor faz a sua, contudo confesso que bateu uma gostosa saudade do Recife.
O elenco tocando e cantando Asa Branca de Luis Gonzaga

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