quarta-feira, 2 de maio de 2012

Intimidade com Deus


            O seguimento de Jesus exige-nos uma profunda intimidade com a Trindade Santa. Ser íntimo é conhecer, amar e conviver. Ser íntimo é relacionar-se afetivamente, é baixar a guarda dos segredos e permitir a reciprocidade de histórias, ideias e de estilos de vida.

            Para continuar a caminhada é preciso atravessar o deserto onde se encontra a montanha de Deus, o Sinai. O deserto e o Sinai se encontram na topografia do coração, ou seja, não são um estado físico, mas experiências da vida, experiências de profunda conversão. Precisamos nos encontrar com Deus, mas para isso precisamos atravessar nossos desertos, escalar nossas montanhas.
            O livro do Êxodo nos diz que Moisés conversava face a face com Deus como se fossem amigos, e eram, Moisés alcançou um grau elevado de intimidade com Deus. Todavia, Moisés atravessou áridos desertos, enfrentou muita solidão e escalou suas montanhas de dificuldades para tornar-se intimo de Deus.
            Deus nos convida a sermos Moisés hoje na sociedade, mas nós insistimos em sermos israelita que exige uma resposta imediata de Deus, exigimos de Deus solução para todos os problemas que criamos, mas não somos capazes de adentrar no deserto e subir a montanha. Sentimos medo, vergonha, desânimo, preguiça, acomodados e principalmente tememos rasgar nossa vida diante de Deus. O deserto é a experiência que nos eleva a Deus, subir a montanha significa mergulhar-se em Deus, abandonar-se sem reservas naquele que vem ao nosso encontro, abrir a porta para aquele que não se cansa de batê-la.
            Quando mergulhamos em algo permitimos que a substância nos toque, nos envolva, nos conheça e quando abrimos a porta à alguém que está a bater e o convidamos à assentar-se para uma conversa expomos nosso interior carregado de fortalezas e fraquezas. Mergulhar e abrir a porta é atravessar o deserto rumo a profunda intimidade com Deus. E isso é preciso, só se ama aquilo que se conhece. Convidemos Jesus para um papo em nossa sala de estar, mergulhemos na piscina do Espírito Santo, e só assim continuaremos no caminho que nos leva a uma amizade verdadeira, a amizade com Deus que conversa conosco face a face.

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