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segunda-feira, 15 de agosto de 2011
O SOM DO SILÊNCIO
OUÇO UMA VOZ A ME CHAMAR
TAL VOZ COMO UM SOPRO A CONVIDAR
O CONVITE PARTE DAS PROFUNDEZAS
VEM DE MIM, DAS MINHAS INCERTEZAS;
O SOM VEM DO VAZIO, DO ESCURO
ROMPE O SILÊNCIO FAZENDO BARULHO
VEM QUAL LUZ QUE DISSIPA O BREU
O SILÊNCIO ESTÁ EM MIM E O SOM SOU EU;
O SOM VEM DO SILÊNCIO IMENSO
O SILÊNCIO PRODUZ O SOM QUE É INTENSO
O SOM SE RENDE AO SILÊNCIO
O SOM SE DESCOBRE NO SILÊNCIO
E SUAVE O SILÊNCIO DIZ MUITO, DIZ TUDO
E NA CALMA O SOM ENCONTRA RAZÃO, O PROFUNDO
O SOM E O SILÊNCIO TORNAM-SE UM
O SOM E O SILÊNCIO NASCEM DO COMUM
AO CAOS O SOM RETORNA
MAS AO SILÊNCIO ELE NÃO ABANDONA
DIFERENTE. O SILÊNCIO QUAL RAIO DE LUZ
PROPAGA-SE NO BARULHO DA CRUZ;
O SILÊNCIO NOS FALA E CONDUZ
SOPRA LEVE E AO CÉU RELUZ
PROFUNDO É O SOM DO SILÊNCIO
COMPLETO É O SOM DO SILÊNCIO.
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