sexta-feira, 13 de março de 2015

Chega! Basta!

"Seja morte matada, seja morte morrida, se for vida doada não é morte, é vida!" (Pe. Gisley Gomes)


Tristeza, indignação, raiva, dor, sofrimento não são capazes de descrever a experiência de quem perde a quem se ama, a quem se estima e a quem se quer bem. E de nada elas adiantariam se estiverem desconectadas de um propósito superior.
Essa semana eu pude experimentar todos os sentimentos supracitados. Primeiro ao receber a trágica notícia do assassinato em Viçosa -MG do jovem Gabriel Oliveira Maciel de apenas 17 anos. Sem tempo, ao menos de respirar fundo tentando amenizar a tristeza, leio a notícia que não quis acreditar, Eduardo Silva Júnior, "Eduardinho", foi brutalmente assassinado em Marataízes-ES. Meu Deus o que é isso? O que está acontecendo?
A morte nos deixa um sentimento de impotência! E a morte quando chega cedo demais? E a morte seguida de violência?
O Padre Gisley Gomes, no auge da Campanha Contra a violência e o extermínio de jovens, disse a frase que iniciamos esse texto e alguns dias depois foi covardemente assassinado em Brasília-DF.
O que o Gabriel, o Eduardinho e o Pe Gisley tem em comum?
1) Deixarão Saudade!
2) Foram vítimas do que combatiam e lutavam contra!
3) Não mereceram passar o que passaram!
4) Em meio a morte prematura, semearam vida, esperança e vontade de lutar contra tudo o que causa sentimentos ruins.
Seus exemplos ficarão para sempre. Isso é vida! Suas vidas nos enchem de alegria e esperança. E suas tragédias nos dão força para gritar: CHEGA! BASTA!
Assim como o Gabriel, o Eduardo e o Gisley, no Brasil são assassinados TODOS OS DIAS 80 JOVENS. E eles deixam saudades aos que são próximos, e a maioria viram apenas estatísticas aos olhos dos desconhecidos e de órgãos públicos.
Mudar esse quadro é tarefa nossa! Não adianta esperar que o governo mude essa situação. Nós é que precisamos mudar isso. Existem pequenas ações que ajudam e promovem a vida, e alguns consumes que nos levam a uma cultura de morte que precisamos abandonar, denunciar e combater.
Descansem em paz meus amigos. Nós aqui sentiremos muita saudade, mas não permitiremos que suas vidas tenham sido vividas em vão.
Para começar, eu quero gritar junto com a Pastoral da Juventude do Brasil:
"CHEGA DE VIOLÊNCIA E EXTERMÍNIO DE JOVENS!"

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