O Estado do Espírito Santo tem vários instrumentos
disponíveis para incrementação do desenvolvimento econômico e social, dentre
eles o FUNDAP - Fundo de Desenvolvimento das Atividades
Portuárias.
O FUNDAP, criado pela Lei 2508/70, é um mecanismo de
incentivos financeiros voltado para o incremento do comércio exterior do
Estado, através de importações e exportações, e para o crescimento da formação
bruta de capital fixo, através da viabilização de projetos produtivos além de proporcionar
a restituição de uma parcela da operação na forma de financiamento para
aplicação em novos projetos ou na expansão de suas atividades. A empresa
para ter direito a este financiamento precisa ter sua sede no estado do
Espírito Santo e suas operações de comércio exterior devem ser tributadas com o
ICMS no Estado. Além de que as empresas participantes do FUNDAP devem investir
o valor financiado, no mínimo uma média de 10%, em projetos que irão gerar desenvolvimento,
renda e emprego no Espírito Santo.
Contudo, na última semana o Senado Federal, com o aval da
Exc. Senhora presidenta do Brasil Dilma Rousseff que desde a campanha política
troca farrapos com o estado do Espírito Santo, decidiu unificar a arrecadação
do ICMS da União. A ideia de unificar a arrecadação soa muito bem aos nossos
ouvidos, todavia, o jeito que votaram para a extinção da FUNDAP acarretará
danos irreversíveis na casa dos bilhões para a máquina fundiária do Espírito
Santo. Essa decisão não prejudicaria apenas o Espírito Santo, mas também os
estados de Goiás e Santa Catarina, dentre outros. Mas mesmo assim somos a
minoria nesse diálogo capitalista. O governador do Estado do Espírito Santo, o
sr. Renato Casagrande, disse em entrevista que "sente uma falta de solidariedade
federativa" e diz que irá apelar para a decisão do Supremo Tribunal
Federal (STF) com a argumentação de que o fim da FUNDAP seria o "fracasso
da política" que demonstra uma ação irracional e desequilibrada. O governo
do estado acredita que o processo de transição de oito anos para o fim da
FUNDAP poderia minimizar os prejuízos, e recorre também com esse argumento. Trocando em miúdos, o que vai acontecer é que se o
governo do Espírito Santo não pensar numa alternativa que favoreça o interesse
das empresas de investirem no estado, esse investimento será feito em outros "estados
potências" causando um crescimento desigual no país, o que seria um
fracasso total para a nossa economia. Não adianta pintar um Brasil bonito se as
suas bases estão caiadas! Quem são as bases do nosso país? Por acaso pode o Chefe
do Estado brasileiro menosprezar uma pequena, porém relevante, coluna que
sustenta a nação?
O melhor passo a ser dado no momento é de estudar e conhecer
a situação, a população capixaba precisa mostrar para os grandes latifundiários
capitalistas que uma pedrinha no sapato incomoda e muito. Vamos conhecer a
realidade e cobrar daqueles que foram dignos de nossos votos e deixar claro que
a nossa política não é feita de troca de favores, mas como digna nossa
bandeira, de gente que confia e de um povo trabalhador.
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