quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

BANCO VAZIO



Havia um banco vazio, a me esperar, a te esperar!
Ele estava lá, só, sozinho a nos esperar!
Havia um Banco Vazio a contemplar a luz, a água o ar.
Acima de si apenas o céu, abaixo a terra!
Lá estava ele, forte plantado, perseverante!

Havia um banco vazio! Desbotado do sol!
Perdeu a cor, mas não o valor!
Por isso ele continua, segue a esperar, sem desanimar!
Sua esperança é alimentada pelas glórias do passado!
Saudoso a venerar, contudo forte a sonhar, a te esperar.

Havia um banco vazio, a me esperar, a te esperar.
Seu sonho é como a chama que insiste a queimar.
E tem como lenha a paisagem que o aprisiona.
Tão bela e bucólica, clara e escura,
Havia um banco vazio a contemplar!

O sol é a sua força, a lua sua calma.
Ele me convida, te convida, o seu pranto acalmar,
Sua alma restaurar e as estrelas fazer brilhar.
Ele quer retornar a seus tempos de glória,
Ao primeiro amor voltar. E afirma:
“Eu garanto”, amor eterno encontrará!

Havia um banco vazio a me esperar, a te esperar!
E nos convida confiante: “Venha em mim se assentar,
Tua cabeça reclinar e beleza sem fim contemplar”.
Olhe! Contemple! O lago, o sol, a lua, as estrelas.
Sinta! Experimente! O ar, o calor, o frio a vida.
Observe a noite e seus habitantes discretos.
O dia e os toques suaves do artista.

Eu te convido! Vem em mim descansar,
Enfaixar suas feridas. Se a mim você vier,
este presente lhe darei e alegria encontrarás.
Havia um banco vazio! Hoje não há!
Pois nos encontramos num eterno assentar!

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