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segunda-feira, 31 de outubro de 2016
FEST 2016
Acesse as fotos do Festival da Juventude Salesiana de São Paulo - FEST 2016
https://www.flickr.com/photos/97286212@N02/albums/72157674199379120
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quinta-feira, 30 de junho de 2016
Diário de Bordo
O recesso acadêmico da Universidade em que estudo iniciou no dia 25 de junho, e durante esses dias realizarei diversas atividades, tanto de cunho pessoal quanto de carater apostólico missionário. Partilharei aqui alguns desses momentos:
Lagoa do Siri - Marataízes/ES (30/06/06 - Durante um passeio de bicicleta) |
Lagoa do Siri - Marataízes/ES (30/06/06 - Durante um passeio de bicicleta) |
Praia das Pitas e Falésias - Marataízes/ES (30/06/06 - Durante um passeio de bicicleta) |
Bairro Esplanada - Marataízes/ES (30/06/06 - Pôr do Sol) |
Praia das Pitas - Marataízes/ES (30/06/06 - Durante um passeio de bicicleta) |
Lagoa Dantas - Marataízes/ES (26/06/06 - Na casa dos meus pais preparando-me para assistir Game Of Thrones) |
Lagoa Dantas - Marataízes/ES (25/06/06 - Satisfação de chegar em casa após tanto tempo fora) |
Aeroporto de Guarulhos - Guarulhos/SP (25/06/06 - Ansiedade pra chegar ao Espírito Santo) |
sexta-feira, 22 de abril de 2016
Sunset
Sou encantado pelo céu, astros e estrelas!
Eles me revelam os tons suaves do grande artista, o arquiteto de todo o universo. Cores, encantos e magias. O poder, a força e a onipotência, capturadas pelo click de uma alma inquietamente pequena.Espero que curtam essa reunião de Sóis que iluminaram a minha vida, numa ocasião especial, em algum lugar eterno.
Lago Paranoá - Brasília (Ermida Dom Bosco)
Torre de TV - Brasília (Colégio Dom Bosco de Brasília)
Pico do Itabira visto de Marataízes-ES (Casa de Praia da Família - Lagoa Dantas)
Recife-PE
Orla da Praia de Jardim Camburi - Vitória-ES (Pier de Yemanjá)
Estrada de Ferro Vitória X Minas (Margens do Rio Doce)
Belo Horizonte - MG (Margens da Rodovia Federal 0-40)
Barbacena-MG (Mirante - Monte Mário)
sexta-feira, 15 de abril de 2016
A Inteligibilidade da fé no Mundo Contemporâneo
Durante
muito tempo, o objeto de estudo e o método da teologia percorreram caminhos menos
turbulentos. Isso porque, hoje, ao vivermos em uma sociedade tão plural, num
contexto onde há muita superficialidade, a teologia tem o papel de buscar a
razão e o sentido mais profundo, que à fundamente, nas diferentes áreas, seja
na dogmática, na Bíblica ou na sistemática. Não estamos afirmando, contudo, que
os primórdios da teologia tenham sido menos desafiadores, do que hoje, em sua
sublime missão de dar razão à fé. Na verdade, o que acontece é que a cada dia
novos questionamentos surgem em torno da fé.
Os
primeiros séculos do cristianismo são testemunhas de uma fé encarnada e viva.
Dado ao fato de que, a unidade da fé dialogava naturalmente com a pluralidade
de expressões que a tocavam. Em todas as suas dimensões, e em diferentes
contextos, essa diversidade nascia do particular. E a pluralidade de expressões,
como afirma Moingt, não era uma ameaça à unidade, muito pelo contrário,
ressaltava ainda mais sua riqueza.
A Igreja nascente começa a entrar em contato com
contextos culturais diferentes dos seus. Quando isso acontece, começa a haver a
necessidade de entender a cultura na qual ela está se pronunciando, trata-se da
cultura helênica. Nessa imersão, ou atualização, começam a surgir algumas
correntes de conhecimento, como a gnose, que contradiziam a ideia de Salvação e
punham em risco o dogma da Revelação. Diante disso, a Igreja se posiciona
contra tais correntes que ferem a sua doutrina, e então se organiza para amparar
e fundamentar a fé. Nesta tarefa de estruturar e dar razão a fé nasce a Regra
de Fé. Assim surgem também os símbolos, como o Símbolo dos Apóstolos, dentre outros.
Ao longo dos séculos seguintes, muitas teorias
desafiaram a estrutura da Regra de Fé e a teologia cristã, que, com a ajuda dos
Padres da Igreja, Teólogos, Filósofos, etc., a Igreja foi respondendo e
confirmando a unidade da fé.
Hoje, no mundo contemporâneo em que atuamos, um
dos grandes desafios para garantir a inteligibilidade da fé cristã é a
pluralidade de pensamentos e correntes que segregam a sociedade, e que, muitas
das vezes, apresenta uma crença vazia e efêmera. Portanto, uma pergunta que se
torna latente entre os “agentes da fé”, responsáveis por garantir sua
inteligibilidade hoje, é, talvez, como iluminar esse mundo contemporâneo tão
complexo à luz da reflexão teológica?
Acredito que, primeiramente, é preciso partir
de uma visão antropológica de que a fé não é um dado separado da ação, é
preciso ter a visão do ser humano como um todo, e assim como nos primórdios do
cristianismo, em que a unidade da fé nunca foi confundida com a uniformidade de
expressões, bem como que, professar a fé implicava em viver a fé como regra e
projeção de vida. Oração e ação, precisam caminhar juntas, não pode haver
dicotomia entre ambas, se quisermos de fato possibilitar um diálogo coerente
acerca da fé.
Um segundo passo seria assumir um compromisso
com o Jesus humano, de modo que, fique claro que crer no ressuscitado requer um
compromisso com o Deus Homem e a humanidade. O papa Francisco disse na carta
enviada à Faculdade de Teologia da Pontifícia Universidade Católica da
Argentina, por ocasião de seu centenário, que o teólogo de hoje precisa ter bem
definido em si três distintas características: ser uma pessoa atenta e inserida
no seu tempo, ser uma pessoa que testemunhe a sua fé e, por último, e não menos
importante, ser uma pessoa que tenha atitudes proféticas, em sintonia com os
apóstolos e os sinais dos tempos. O Jesus vivo deve estar no centro. Jesus
caminhava com o povo, vivia sua realidade, e os cristãos também devem estar
inseridos na realidade que os cerca, só assim será possível levar os homens a
um encontro com a pessoa de Jesus.
Por último e mais desafiante, repensar a imagem
de Deus. Como nós, educadores da fé, estamos apresentando Deus às pessoas? A
onipotência de Deus não deve ser apresentada como um domínio, como um poder
opressor. O desafio, que precisamos vencer para garantir a inteligibilidade da
fé hoje, é apresentar Deus como um ser tão onipotente que se fez criança, se
fez gente como nós, através da encarnação de Seu filho Jesus, e isto é próprio
de Deus, Ele sempre caminha conosco. Deus que está no meio de nós como Pai e
Amigo, nos ama, nos quer bem, esse é o Deus pregado pelos apóstolos e desejado
pelas pessoas do nosso tempo.
Portanto, para garantir a capacidade de
perceber e compreender bem a fé, dada toda a complexidade e multiplicidade do
nosso mundo hoje, é preciso sempre recorrer às raízes do cristianismo, onde está
a fonte da fé, a Revelação. E, atento aos sinais dos tempos, ler a Regra de Fé,
as contribuições dos Padres da Igreja, em sintonia com os apelos e necessidades
do mundo, testemunhando com ações práticas a fé que professamos. Assim, tornar
a fé inteligível significa vive-la e pregá-la de maneira autentica no dia a
dia. Crer é mais do que proferir orações, é transformar realidades em orações.
quarta-feira, 11 de novembro de 2015
Meu corpo, minhas regras? Será? Sei lá!
Não poderia deixar de me posicionar diante do ridículo que alguns óbvios se puseram. Aí vai!
É fato que vivemos em uma sociedade dominada pela ditadura do relativismo. Pouco se percebe um compromisso com o social. Percebemos as pessoas fugindo de compromissos coletivos, e buscando viver uma vida individualizada. Com a supervalorização do "eu" individualizado, perde força o "eu" na sua dimensão de alteridade, de relacionamento, de compromisso com o outro. Se o que vale é a "minha vida", ou o "meu corpo", não há a necessidade de se preocupar com o bem coletivo. Esse egocentrismo gera a corrupção, gera os excluídos, consolidam as pessoas que estão à margem da nossa sociedade, e não são apenas os nascituros e fetos rejeitados. A corrupção também se fundamenta em pensamentos como o dessa campanha, que por não ter argumento sólido ataca o que não tem sabedoria para compreender.
Zygmunt Bauman diz que nós vivemos em uma sociedade líquida e que gera um amor líquido com uma vida e relacionamentos não sólidos caracterizada pelo descompromisso com o outro, com o real, em função do transitório. Isso é muito sério e exige muito a nossa atenção.
Admiro a capacidade intelectual que esses atores tem para trazer "entretenimento" ao povo, mas mais admirado ainda fico ao perceber que eles compreendem furtivamente de línguas antigas. Temos que ter muito cuidado para não sair por aí falando besteira.
E para finalizar meu pensamento desejo ilustrá-lo com a ideia de Esopo, em a raposa e as uvas. Quando me faltam capacidades para argumentar ou defender um ponto de vista, eu ataco e desmoralizo o dos outros.
sexta-feira, 22 de maio de 2015
Para Refletir
"Brasil! Mostra a tua cara quero ver quem paga pra gente ficar assim!"
Recadinho
do coração para uma alma possivelmente crítica
Observe a Imagem!
Observou? Então
pronto, vamos começar!
-Você conhece esse
senhor da imagem?
-Senhor!?
-Sim, senhor sim!
Ele é um ser humano como o senhor, ele tem um nome como o senhor, ele é cidadão
como o senhor, ele tem direitos e deveres como o senhor...
Este
"senhor" atende pelo nome de Edmundo, e creio poder chamá-lo de
amigo! O Edmundo não é vagabundo, não é bandido, não é traficante, não é uma
porção de coisas que imaginamos ser ao observar a foto. O senhor Edmundo é
simplesmente mais um cidadão como o "senhor", como nós! A diferença é
que o Edmundo não teve condições sociais e psíquicas para continuar sendo
o que foi um dia. Todos nós sofremos desagradáveis conflitos na vida, porém
ainda continuamos de pé!
Conheci o Edmundo no
último sábado (22/09) na rua Bahia no centro de BH. O Edmundo é um poeta
fabuloso, suas poesias traduzem conflitos da alma humana, retratos do seu
cotidiano, e demonstra uma sensibilidade sobre-humana da realidade física e
também metafísica.
Tentando conhecer
o Edmundo eu comecei a duvidar de quem eu era.
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Eu durmo sobre
colchões macios e lençóis limpos e o Edmundo sobre um papelão velho; Eu durmo
com um edredom quentinho e um travesseiro macio e o Edmundo com um cobertor
furado e reclina a cabeça sobre uma pedra; Eu tenho o Estado de Minas a Folha
de São Paulo todos os dias e o Edmundo folhas de jornais da semana passada; eu
tenho uma dieta regular e o Edmundo a sobra do cachorro, quando tem!; eu
tenho família, amigos, estudo e trabalho para curar minha nostalgia, e o
Edmundo a cola de sapateiro numa garrafa de Coca Cola; Eu tenho pessoas, como
você, que leem os textos do meu blog, mas ninguém se interessa pelos poemas do
Edmundo que são literalmente superiores aos meus!!! (??????????)
Diante disso, fico a
imaginar o que os nossos representantes políticos tem feito para mudar a
história de Edmundos espalhados pelo país inteiro. Triste é acreditar que nada!
Triste é perceber que tanto políticos quanto eleitores, cidadãos, cristãos,
seres humanos, enfim, não enxergam o Edmundo. "Pior é o cego que não quer
ver!" A nação tem o representante que merece, que elegeu e que tem a sua
cara, a sua índole e caráter. Uma mudança, não vem de cima para baixo! Como
construímos um prédio de 15 andares? Será que construímos o décimo quinto andar
primeiro? Apesar de ser totalmente incoerente é a realidade que estamos vivendo
no Brasil. Estamos construindo a nossa sociedade a partir do décimo quinto
andar. A base está comprometida, está podre. E de quem é a culpa? Ora, do
Edmundo é claro!
Quantos Edmundos
você já fez sorrir?
Quantas vezes você
já se colocou no lugar do Edmundo?
Confesso que a minha
amizade com o Edmundo tem me constrangido, porém, o que seria de mim sem o
constrangimento? Por isso quero lhe fazer uma proposta, vamos lançar uma
campanha, a campanha "Ajude um Edmundo!" Faça um Edmundo feliz para
uma sociedade melhor! Lembrando o seguinte, um ato de bondade só é válido
quando feito despretensiosamente. Não adianta fazer o bem ao Edmundo
simplesmente pelo fato da obrigação moral e/ou religiosa, ou pela possibilidade
de ver as praças sem moradores de rua, e nem por que eu posso ser um Edmundo um
dia, mas pelo simples fato de que eu não sou melhor que Edmundo nenhum!
Lembrando! Um
governo honesto é feito por eleitores honestos, uma sociedade justa é feita por
cidadãos justos, uma religião oblativa é feita por fiéis oblativos e um Edmundo
feliz é feito por outro Edmundo feliz.
Pense nisso!
QUERER E PODER
(O meu grito
silencioso)
Eu quero, eu posso! Será?
Oh vida difícil! Oh vida indecisa!
Será que para alcançar metas,
Basta apenas optar por elas?
Toda escolha passa pelo querer,
Porém sempre com uma conseqüência
Que poderá ser boa ou ruim.
Acredito sim, que querer é poder,
Contudo, analisado, avaliado e decidido.
Nossas escolhas, mesmo que incoerentes,
Não deveriam acompanhar o arrependimento,
Pois sempre nos ensina o querer.
Agostinho impõe uma condição ao querer,
O Amor! Ele inverte os papéis e
Coloca o querer a serviço do poder.
O amor é o poder, é a força, é a origem
e a meta.
Se agirmos segundo o amor, o querer
Será claro e o poder será um amigo.
O ideal não é fazer a “coisa certa”,
Mas fazer certo as coisas que queremos,
Ou seja, agir conforme aquilo que me
edifica.
Edificar é erguer-se sempre,
Mesmo após as quedas, após o ato
frustrado.
Eu quero, eu posso! Será?
Será assim, pois eu Amo,
Se eu amo faço o que eu quero,
E fazer a minha vontade é dosar o querer
Com pitadas de sentimento, gotas de
razão e
Uma farta quantia de atitude.
Eu quero! Eu posso!
Quero ser poeta
As
vezes acordo e proclamo:
Quero
ser poeta!
Mas
com cara de pateta me chamam de louco,
acredito
que louco é muito pouco!
Quero
fazer muito mais que loucura,
vou
dar asas a quem sonha voar,
caminhar
com quem deseja chegar,
e
deitar como quem está a comtemplar!
Nunca
vou deixar de sonhar,
sonhar
é o combustível do viver.
Quero
sonhar acordado, sonhar com os pés no chão.
Quero
ser poeta!
Poesia
é mais que profecia,
pois o
tempo anuncia a chegada de um novo dia.
Cristo
é poeta,
e
poeta dos bons,
pois
nos ensina na paixão-alegria,
traduzirmos
a vida,
em
verso, rima, em poesia.
Quero
ser poeta!
Ser
poeta é alimentar quem tem fome,
convidar
quem não tem um nome,
acreditar
em quem perdeu a fé.
Ser
poeta é promover a vida,
enfaixar
do fraco a ferida,
erguer
todo aquele que não se encontra de pé!
Ser
poeta é traduzir as horas da vida,
em um
belo e santo poema que nos provoque a dizer,
quero
ser poeta!
terça-feira, 5 de maio de 2015
sexta-feira, 1 de maio de 2015
quinta-feira, 23 de abril de 2015
Honestidade, obrigação ou virtude?
Quero partilhar com vocês uma
reflexão que fiz a partir de algo que me aconteceu recentemente. Pois bem, ao
terminar um intenso e frutuoso dia de atividades apostólicas, eu e mais dois
amigos fomos dar uma volta no parque Vila Lobos e curtir um fabuloso show com
Luiza Posse afim de curtir, relaxar, arejar a cabeça e nos divertir. Feito
isso, nada melhor do que uma parada para um lanche. Nos dirigimos até a uma
dessas Delicatessen ultra, hiper,
mega modernas onde encontramos tudo de tudo e com especial sabor e elementar valor. Após descontraído bate papo regado de deliciosas
especiarias nos dirigimos ao caixa afim de pagar a conta. Um detalhe importante
é que cada um recebeu uma comanda eletrônica onde deveria ser registrada as
despesas individuais de cada um de nós, e nela estava escrito: “a perda desta
comanda implicará o pagamento do valor de R$300”. Fiquei com tanto medo de ter
que lavar pratos para pagar a perda de um pedaço de papel que não media mais do
que vinte centímetros, que o guardei em lugar bem seguro.
Já no caixa de pagamento, a
atendente, ao descrever o que estava registrado na minha comanda de consumo me
cobrou um valor abaixo do que eu esperava ser cobrado. Surpreso, ao conferir os
insumos, percebi que não estava sendo cobrado os Chopp que eu havia tomado, foi
quando disse a ela que faltava registrar as bebidas. Fiquei orgulhoso de mim
mesmo ao sair de lá como quem acabara de fazer uma boa ação, orgulhoso de ter
sido honesto ao ponto de contribuir com os problemas políticos no nosso país,
de ter sido virtuoso, mesmo que com um aumento considerável do valor a ser
pago.
Diz
o ditado popular que alegria de pobre dura pouco, mas acho mesmo que o correto deveria
ser, a alegria de gente honesta dura pouco. Ao chegar em casa fui conferir o
cupom fiscal e percebi que foram inclusos na lista de consumo uma omelete e um
refrigerante que não faço ideia de onde vieram. Meu Deus, que raiva! Fiquei com
tanto ódio por pensar que a minha recompensa por ser honesto foi incluir o que
não consumi. A ideia que vinha a minha cabeça era de que havia sido roubado na
cara dura. A minha raiva se dava pelo fato de eu não ter me atentado para
cobrança indevida e também pela desonestidade desses ladrões “Classe A”. Fiquei
com vontade de voltar ao lugar, mas de que adiantaria? Então só tem um jeito,
de hoje em diante, pode ter a fila que for, mas farei questão de conferir cada
item junto ao atendente de caixa antes de efetuar o pagamento.
Após
a esse episódio fiquei pensando e refletindo no sentimento que tal fato me
causara. Meu Deus, como eu gostaria de ter sido reconhecido, como eu gostaria
de ter sido recompensado pelo meu bravo ato de honestidade. Mas exatamente aí descobri
que o meu erro foi esse, querer receber recompensa por aquilo que eu deveria
fazer como obrigação. A honestidade tem sido um ser tão extinto em nossa
sociedade que quando a vemos damos tanto destaque que sem perceber nós criamos
a virtude da honestidade esquecendo da honestidade original que não passa de
mera obrigação. O que nos deveria causar estranheza é a desonestidade, isso sim
deveria ser fato raro, digo ousadamente, inexistente.
A
nossa sociedade só será um espaço de fraternidade e de bom convivência político-social
quando começarmos a exercer, não as qualidades, mas a essência do ser humano,
ou seja, fazer aquilo que nós nascemos para fazer, viver uma vida com vantagens
pessoais sem favorecer a desvantagem de outrem. Acho que quando percebermos
isso, entenderemos que quem fura fila, manipula troco, tira vantagem das outras
pessoas, rouba ou até cobra indevidamente por produtos não consumidos não fazem
parte da classe dos nominados seres humanos por não compactuarem com as reais atitudes
que o tornam na essência, obrigatoriamente seres honestos e virtuosos.
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