quarta-feira, 23 de abril de 2014

Paixão de Cristo: A maior prova de Amor à humanidade


            Diz uma lenda que Adão pediu a Deus que lhe mostrasse as consequências de seu pecado. E Deus o fez ver um mar de suor, de lágrimas e de sangue. De fato, a vida do ser humano sobre a terra, após ao pecado, tornou-se um mar de suores, um oceano de lágrimas e um mar de sangue. Vemos isso, principalmente quando olhamos para a porção da nossa sociedade que mais sofre com as bárbaras atitudes não cristãs e nem tampouco humanas praticadas por alguns.
Numa sociedade tão preocupada, ao menos de forma aparente e teórica, com os direitos humanos, e profundamente mergulhada nas mais sofisticadas tecnologias, torna-se até contraditório acreditar que haja necessidade de a Igreja dizer NÃO ao tráfico humano, de existir uma Igreja que cante em coro, “É para a liberdade que Cristo nos libertou!”.
A contradição não se dá pelo simples fato de a Igreja promover tal tema para a Campanha da Fraternidade, a contradição está ligada ao fato de ser necessário abordar tal temática em um mundo que se auto intitula “Moderno”, Pós-Moderno” ou, historicamente, “Avançado”. O fato é que se a Igreja nos propõe esse tipo de reflexão é porque tal situação acontece na sociedade. Todavia, não adianta uma porção sociocrata elaborar belos tratados de direitos humanos se não for reconhecido o maior ato de Amor em prol da humanidade.
Portanto irmãos e irmãs, ao celebrarmos a paixão de Cristo neste ano de 2014 nós somos convidados a refletir sobre a total entrega de Cristo na cruz em favor de toda a humanidade. Quando Jesus Cristo profere a sua sétima e última palavra na cruz, “Pai, em tuas mãos eu entrego o meu espírito”, Ele na verdade assina, com seu próprio sangue, a ‘Carta de Alforria’ que nos é dada gratuitamente por amor.
Num mundo contemporâneo onde as palavras ‘Amor’ e ‘Paixão’ estão um tanto que relativizadas, nós somos convidados, através do jejum, da abstinência e da oração, a voltarmos ao seio do Amor primeiro. Somos convocados a vivermos a liberdade plena que Cristo nos oferece. Isso porque a cruz, que antes era um símbolo de morte, tornou-se hoje para nós cristãos o símbolo da libertação e comunhão com Deus através da Paixão de Cristo e a sua extrema prova de amor pela humanidade.
Na cruz de Cristo nossa humanidade, representada pela haste horizontal, se encontra com a Misericórdia Divina, representada pela haste vertical, no centro onde depositamos todos os sinais de morte, dor e pecado que nos impedem de viver plenamente o Amor Divino pela Paixão de Cristo.


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