terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

O que significa L.G.B.T.Q.I.A.?


A nova geração gay nos Estados Unidos

            Um novo termo tem gerado discussões nos Estado Unidos, na verdade é mais que um termo, é mais do que uma sigla é um ideário que poderá mudar completamente a visão tradicional de Homem e Mulher  de toda uma sociedade. A sigla L.G.B.T., abreviação em inglês de Lesbians, Gays, Bissexuas, Transgenderes (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis), é de conhecimento de muitos, contudo, o que significaria o “Q.I.A.” adido à expressão?
            O termo está dividindo a opinião dos norte americanos, tanto os heterossexuais quanto os homossexuais, pois põe em cheque princípios homogêneos da civilização humana.  O assunto é tão abrangente que até o The New York Times tem abordado o assunto em suas colunas. O fato é que em Faculdades, como a Sarah Lawrence em Nova York, dentre outras, surgem grupos estudantis que tem levantado a bandeira de que o a ideia apreendida pelo termo “LGBT” não é capaz de assegurar plenos direitos a todos e todas, por isso acrescentar “QIA” (Queer, Intersex, Asexual, Ally), tentemos entender o que isso significa. A palavra queer ao pé da letra significa “bicha”, mas o uso aqui tem um sentido mais amplo e intenciona-se dar um sentido mais positivo a este termo antes usado pejorativamente. Na verdade “queer” atua com a ideia que abrange as pessoas de ambos os gêneros que possuem uma variedade de orientações, preferências e hábitos sexuais, ou seja, um termo neutro que possa ser utilizado por todos os adeptos desse movimento. E Intersex refere-se a pessoas em que a sua característica física não é expressa por características sexuais exclusivamente masculinas ou femininas. E a vogal “A” que se encontra no final da sigla remete a duas palavras com significados distintos, a primeira Asexual que designa uma pessoa assexuada, ou seja, uma pessoa que não possui atração sexual nem por homens e nem por mulheres ou que não possua orientação sexual definida, e a segunda palavra, Ally, abrange as pessoas que não se identificam com as pessoas pertencentes ao grupo LGBTQIA, mas os respeitam e asseguram que seus direitos sejam cumpridos.
            Apesar de embaraçoso, acredito que não seja o significado da sigla que tenha despertado a curiosidade e a indignação de muitos norte-americanos, mas a intencionalidade deste movimento. O folhetim de maior circulação nos Estados Unidos, o The New York Times, publicou no mês de janeiro deste ano as opiniões e as reivindicações desse grupo, que o jornal chama de “Nova geração gay dos Estados Unidos”. A matéria ressalta o destaque que esses grupos tem alcançado na sociedade a partir de diálogos, debates e organização de grupos nas Universidades, esses grupos de estudantes homossexuais tem feito com que instituições de ensino superior repensem sua estrutura logística, bem como a sua organização institucional ao criar banheiros, dormitórios e ambientes bissexuais, cobrir cirurgias de mudança de sexo nos planos de saúde universitários, e em algumas Universidades, como a de Iowa, os estudantes ao preencherem o formulário de matrícula encontram três itens a serem marcados no campo “sexo”, masculino, feminino e transgênero.
            O que causa maior receio é que este movimento contradiz ao próprio movimento homossexual tradicional, por se tratar da militância de uma geração totalmente independente. O paradigma entre as gerações é evidente, pois enquanto o movimento gay que conhecemos, e ainda nem conhecemos bem, parece ter o foco no casamento gay, nas uniões estáveis de pessoas do mesmo sexo e adoções, essa nova geração gay busca algo ainda mais radical que é superar o binômio macho e fêmea, eles querem uma independência de gênero. A grande questão não é quem eles amam ou com quem eles vão se casar, a preocupação é com “o que eles são”, ou seja, sua identidade independente da orientação sexual que seguem.
            O jovem Santiago, colombiano que estuda nos Estados Unidos e pertence a essa nova geração homossexual, fez a seguinte observação em um dos encontros promovidos pelos grupos estudantis LGBTQIA nas universidades, "Por que só determinadas letras entram na sigla? Temos nossas lésbicas, nossos gays, bissexuais, transsexuais, bichas, homossexuais, assexuais, Panssexuais, Omnissexuais, Trissexuais, Agêneros, Bigêneros, Terceiro gênero, Transgêneros, Travestis, Interssexuais, Dois espíritos, Hijras, Poliamorosos." E concluiu: "Indecisos, Questionadores, Outros, Seres  Humanos."
             A mudança de paradigma causa desconforto em todas as pessoas, contudo, uma reação não regulada pode causar um pandemônio ou até uma guerra, por isso, devemos pensar, refletir, questionar, entender o que se passa a nossa volta afim de garantir em nossa sociedade o direito de ir e vir de todo o ser humano, como reza a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Contudo, não basta simplesmente fechar-nos em nossos ideais acreditando que eles sejam insuperáveis a ponto de se tornarem a “verdade absoluta” que não pode ser questionada. O respeito é um princípio primordial na convivência humana, mas será que as partes tem respeitado a si e ao próximo?
Sem responder a pergunta anterior, concluímos e acrescentamos no embate o grande filósofo Heráclito de Éfeso que diz existir um “movimento permanente das coisas que se desfazem, transformando-se em outras coisas”, para ele o mundo explica-se pela causa e consequência das mudanças e contradições que nele ocorrem, para ele a centralidade da vida no mundo encontra-se na experiência da oposição que as coisas fazem umas as outras.  E acrescenta "O divergente consigo mesmo concorda; harmonia de tensões contrárias, como de arco e lira". Assim, a divergência e a contradição não só produzem a unidade do mundo, mas também sua transformação. O mundo é um eterno fluir, como um rio, e é impossível banhar-se duas vezes na mesma água. Fluxo contínuo de mudanças, o mundo é como um fogo eterno, sempre vivo, e "nenhum deus, nenhum homem o fez". Será que os seres humanos estão sofrendo mutação? Será que Deus mudou, não é o mesmo? Em que barco se encontra a humanidade e em que porto ela atracará?

Fonte de Pesquisa:

            

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Eu e Deus!

Fragmentos de um carnaval de encontro com o sobrenatural!


Gosto das palavras


Gosto de brincar com as palavras!
Gosto de rimas, gosto de versos e também dos reversos.
Gosto de ouvir os sons!
O som das canções e dos corações!
Gosto de ouvir as melodias compostas pelas sinfônicas, harmônicas e filamôrnicas no ordinário desta vida.
Gosto da felicidade!
Gosto do sorriso real, do abraço sincero e do conselho de graça!
Gosto dos jardins!
Os jardins das flores, das borboletas . dos olhos azuis e das conversas românticas.
Gosto da natureza!
A natureza dos pássaros, das plantas e das cabeças biodiversas.
Gosto das crianças!
As crianças dos sorrisos, do abraço;
As crianças das criancices e das cicatrizes.
Gosto do azul!
Azul do céu, azul do mar e o azul do artista.
Gosto da religião!
A religião da fé, da esperança e da caridade.
Gosto das tardes...
Tardes de por de sol, dos passeios ciclísticos,
tarde das brincadeiras de criança.
Gosto das pessoas...
das pessoas que produzem a vida, que preservam a vida
e das pessoas que doam suas vidas por amor.
Gosto das bagunças...
das bagunças que organizam a vida,
das bagunças autênticas e sinceras.
Gosto de tantas coisas, sobretudo das palavras;
das palavras que me permitem eternizar esses versos infinitos que 
trago no meu coração.

Amigo


Música "Amigo" composta no ano de 2009 num período marcado por muitas perdas.

Composição: Denis Dutra
E                                                                B7
A DISTÂNCIA É UMA CRUZ QUE ESCOLHI CARREGAR
         A                                                              B7
ELA ARDE EM MEU PEITO E ÀS VEZES QUER ME SUFOCAR
                       E                                               B7
MAS TENHO FORÇA E CORAGEM ALIMENTADOS PELO AMOR
          A                                   B7                   E
QUE UNIDO A VOCÊ APRENDI A CULTIVAR.
    B7                                      E         B7                                    E
AMIGO ESTOU PERTO DE TI/ AMANDO E ESPERANDO QUE
                 A                         B7                      A                          E
NOSSOS UNIDOS CORAÇÕES POSSAM SE REENCONTRAR.
    B7                                                    E                  B7
AMIGO QUANTO MAIS O TEMPO PASSA/ PERCEBO O QUANTO
                        E                          A                     B7                A
SINTO SUA FALTA E A ALEGRIA DE MINH’ALMA É SABER QUE
                    B7         E
TENHO VOCÊ AMIGO.
E                                                B7
A DECISÃO QUE TOMEI/ FERIU MEU CORAÇÃO
                     A                                                      B7
E MUITAS VEZES EU CHOREI QUANDO ME SENTI NA SOLIDÃO
                        E                                                          B7
MAS ESTOU CERTO E ACREDITO/ QUE AO MEU LADO TU ESTÁS
                 A                                           B7                       E
E A ALEGRIA É RESTAURADA LOGO NO AMANHECER.
    B7                                      E         B7                                    E
AMIGO ESTOU PERTO DE TI/ AMANDO E ESPERANDO QUE
                 A                         B7                      A                          E
NOSSOS UNIDOS CORAÇÕES POSSAM SE REENCONTRAR.
    B7                                                    E                  B7
AMIGO QUANTO MAIS O TEMPO PASSA/ PERCEBO O QUANTO
                        E                          F#m                 C#m            F#m
SINTO SUA FALTA E A ALEGRIA DE MINH’ALMA É SABER QUE
   A    B7                            E
TENHO GRANDES AMIGOS.


Santidade Hoje


Música Santidade Hoje que compus no ano de 2011 e que nos deu os Prêmios de Melhor intérprete e 2º Lugar Geral no Festival de Música Vocacional da Arquidiocese de Mariana.

INTRO: C#m G#M  A         G#7    C#m

C#m                           G#m
CERTA VEZ ESTIVE A REFLETIR
A                                 E
SOBRE A VIDA, O SER E O DEVIR!
C#m                                                  G#m
QUESTIONEI-ME O QUE SERIA SANTIDADE
A                                 F#m                           B
OBSERVANDO NO ALTAR UMA BELA IMAGEM!
F#m                              C#m                             G#m                                 C#m
OLHOS DISTANTES, E AS MÃO POSTAS, COM LONGAS VESTES, DESANIMEI!
F#m                           C#m                                      G#m                           C#m
VI-ME DISTANTE DESTE CAMINHO QUE ESPEREI, QUE TANTO SONHEI!
B                                            A
MAS O HOMEM DO SORRISO VEIO A MIM
E                                            A                                 B
E FEZ ARDER MEU CORAÇÃO, SUAS PALAVRAS!

E                                            B
PARA SER SANTO É PRECISO SER ALEGRE
A                                                                    E         A         E
COM SORRISO NOS LÁBIOS A TAREFA COMPLETAR
E                                            B
FAZER O BEM E CRER NO AMOR, SOBRETUDO
F#m                                                                          B         A         F#M    C#m   G#M   A         G#7    C#m
AÇÕES TÃO SIMPLES PARA UM JOVEM ALCANÇAR!

C#m                           G#m
SEM DEIXAR DE SER JOVEM
A                                 E
QUE USA ALL STAR E CALÇA JEANS
C#m                           G#m
EMPUNHANDO O MEU VIOLÃO
A                     F#m                           B
VOU CANTANDO ESTA CANÇÃO
F#m                           C#m                                      G#m                           C#m
FIZ MEU CAMINHO, COM OLHOS ATENTOS, SORRISO NOS LÁBIOS, PROFETIZEI.
F#m                  C#m                             G#m                                 C#m
COM PÉS NO CHÃO, E ALEGRIA, A SANTIDADE REENCONTREI
B                                            A
E ENTRE JOVENS A MENSAGEM LEVAREI
E                     A                                 B
COM ALEGRIA E GRATIDÃO CANTAREI!



sábado, 16 de fevereiro de 2013

A morte de um artista



            Não consigo escrever! Parece que se esgotou tudo o que me motiva a rimar versos, inventar palavras, entoar estrofes. Estou vivendo um longo período de aridez poética, por isso resolvi percebê-la, resolvi torna-la pública. Enquanto eu fazia questão de não identifica-la, eu não fui capaz de conhecê-la, não fui capaz de desprender-me do mundo material, não fui capaz de produzir versos, poemas e canções. E agora ao torna-la pública, estou até escrevendo sobre ela. Seria cômico se não fosse trágico, antes eu escrevia sobre as garotas e seus belos sorrisos, a lua e as estrelas, a natureza e Deus, e agora encontro-me a escrever sobre a arte de não ter inspirações para escrever. Se ao menos eu soubesse de alguma receita que me auxiliasse a vencer esta falta de sensibilidade artística, eu seguiria fielmente.
            Por acaso, você faz alguma ideia do que é perder a sensibilidade artística? Se não sabe, vou tentar ilustrar aquilo que não pode ser visto, tocado ou percebido. Tente imaginar uma pessoa que após viver longos anos fascinado pelas formas e as cores e repentinamente perde a visão! Imagine um jovem esportista que é condenado à tetra paralisia após a um grave acidente. Você foi capaz de imaginar estas cenas? Se sim, então você deve estar começando a entender como é a morte do artista. Sim, um artista não morre quando perde a vida, mas quando perde a sensibilidade da vida.
            Confesso, estou morrendo, mas antes que a falta de sensibilidade sepulte a minha arte, vou denunciar os meus assassinos. Essa aridez que corta a minha garganta e faz com que a minha alma perambule por aí sem verso, rima ou melodia é apenas reflexo das minhas próprias escolhas. Sim, é isso mesmo  que você imaginou, eu estou me matando, pois a minha vida artística depende das escolhas que fiz, que faço, e que vou fazendo ao longo da história. O artista se consome quando deixa de acreditar em tudo aquilo que lhe inspira, o artista morre quando a sua arte torna-se objeto da sua realidade. Uma vez uma pessoa me disse que não acreditava na existência de inspiração para escrever, e só hoje eu estou sendo capaz de compreender isso. Realmente não existe inspiração, pois tudo o que inspira o artista sempre esteve presente na realidade, mas nem sempre foi sentido, percebido ou experimentado, como as pessoas, o universo, a natureza, enfim, que são os principais objetos ousadamente transformados em vida. A diferença é que o artista agrega estes elementos como parte do seu existir, e ele deixa de viver quando passa a percebê-los como objeto, ou quando passa a não percebê-los.
            Acho que estou morrendo, eu já não vejo ou enxergo como antes, muitas coisas deixaram de existir diante dos meus olhos, e o que era abstrato tornou-se concreto. Esgotou-se a minha razão de existir.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Bento XVI


"Tenho 23 anos e ainda não entendo muitas coisas. E há muitas coisas que não se podem entender as 8h da manhã quando te acordam para dizer em poucas palavras: “Daniel, o papa renunciou.” Eu apressadamente contestei: “Renunciou?”. A resposta era mais que óbvia, “Renunciou, Daniel, o papa renunciou!”.


O papa renunciou. Assim amanheceu escrito em todos os jornais, assim amanheceu o dia para a maioria, assim rapidamente alguns tantos perderam a fé e outros muitos a reforçaram. Poucas pessoas entendem o que é renunciar.
Eu sou católico. Um de muitos. Desses que durante sua infância foi levado à missa, cresceu e criou apatia. Em algum ponto ao longo da estrada deixei pra lá toda a minha crença e a minha fé na Igreja, mas a Igreja não depende de mim para seguir, nem de ninguém (nem do Papa). Em algum ponto da minha vida, voltei a cuidar da minha parte espiritual e assim, de repente e simplesmente, prossegui um caminho no qual hoje eu digo: Sou católico. Um de muitos sim, mas católico por fim. Mas assim sendo um doutor em teologia, ou um analfabeto em escrituras (desses que há milhões), o que todo mundo sabe é que o Papa é o Papa. Odiado, amado, objeto de provocações e orações, o Papa é o Papa, e o Papa morre sendo Papa. Por isso hoje quando acordei com a notícia, eu, junto a milhões de seres humanos, nos perguntamos “por que?”. Por que renuncia senhor Ratzinger? Sentiu medo? Sentiu a idade? Perdeu a fé? A ganhou? E hoje, 12 horas depois, creio que encontrei a resposta: O senhor Ratzinger renunciou toda a sua vida.
Simples assim.
O papa renunciou a uma vida normal. Renunciou ter uma esposa. Renunciou ter filhos. Renunciou ganhar um salário. Renunciou a mediocridade. Renunciou as horas de sono pelas horas de estudo. Renunciou ser só mais um padre, mas também renunciou ser um padre especial. Renunciou preencher a sua cabeça de Mozart, para preenchê-la de teologia. Renunciou a chorar nos braços de seus pais. Renunciou a, tendo 85 anos, estar aposentado, desfrutando de seus netos na comodidade de sua casa e no calor de uma lareira. Renunciou desfrutar de seu país. Renunciou seus dias de folga. Renunciou sua vaidade. Renunciou a defender-se contra os que o atacavam. Sim, isso me deixa claro que o Papa foi, em toda sua vida, muito apegado à renuncia.
E hoje, voltou a demonstrar. Um papa que renuncia a seu pontificado quando sabe que a Igreja não está em suas mãos, mas nas mãos de alguém maior, parece ser um Papa sábio. Nada é maior que a Igreja. Nem o Papa, nem seus sacerdotes, nem os laicos, nem os casos de pedofilia, nem os casos de misericórdia. Nada é maior que ela. Mas ser Papa nesse tempo do mundo, é um ato de heroísmo (desses heroísmos que acontecem diariamente em nosso país e ninguém nota). Recordo sem dúvida, as histórias do primeiro Papa. Um tal... Pedro. Como morreu? Sim, em uma cruz, crucificado igual ao teu mestre, mas de cabeça para baixo. Hoje em dia, Ratzinger se despede de modo igual. Crucificado pelos meios de comunicação, crucificado pela opinião pública e crucificado pelos seus irmãos católicos. Crucificado pela sombra de alguém mais carismático. Crucificado na humildade que tanto dói entender. É um mártir contemporâneo, desses que se pode inventar histórias, a esses que se pode caluniar e acusar a vontade, que não respondem. E quando responde, a única coisa que faz é pedir perdão. “Peço perdão pelos meus defeitos”. Nem mais, nem menos. Quanta nobreza, que classe de ser humano. Eu poderia ser mórmon, ateu, homossexual e abortista, mas ver uma pessoa da qual se dizem tantas coisas, que recebe tantas críticas e ainda responde assim... esse tipo de pessoa, já não se vê tanto no mundo.
Vivo em um mundo onde é engraçado zombar o Papa, mas que é um pecado mortal zombar um homossexual (e ser taxado como um intolerante, fascista, direitista e nazista). Vivo em um mundo onde a hipocrisia alimenta as almas de todos nós. Onde podemos julgar um senhor de 85 anos que quer o melhor para a Instituição que representa, mas lhe indagamos com um “Com que direito renuncia?”. Claro, porque no mundo NINGUÉM renuncia a nada. Ninguém se sente cansado ao ir pra escola. Ninguém se sente cansado ao ir trabalhar. Vivo um mundo onde todos os senhores de 85 anos estão ativos e trabalhando (sem ganhar dinheiro) e ajudam às massas. Sim, claro.
Mas agora sei, senhor Ratzinger, que vivo em um mundo que vai sentir falta do senhor. Em um mundo que não leu seus livros, nem suas encíclicas, mas que em 50 anos se lembrará como, com um simples gesto de humildade, um homem foi Papa, e quando viu que havia algo melhor no horizonte, decidiu partir por amor à sua Igreja. Vá morrer tranquilo senhor Ratzinger. Sem homenagens pomposas, sem um corpo exibido em São Pedro, sem milhares aclamando aguardando que a luz de seu quarto seja apagada. Vá morrer, como viveu mesmo sendo Papa: humildemente.
Bento XVI, muito obrigado por renunciar."

Traduzido do artigo postado em http://oehd.wordpress.com/2013/02/12/siempre-renuncias-benedicto/ por revelar com muita fidelidade meu sentimento e pensamento sobre o assunto. =)