quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Isso é um assalto!

Essa semana, mas precisamente ontem (30/10), ocorreu-me algo que eu sabia que poderia acontecer a qualquer momento, mas não sabia como, onde ou por quê? Pois bem, narrarei o fato. Após terminarmos o nosso estágio no Instituto São Rafael no Barro Preto, estávamos, eu e meu comparsa Jonathas Andrade, a caminhar até ao metrô no centro de BH. Após transcorrer por toda avenida Augusto de Lima e passar pela Praça Raul Soares descemos em uma rua pouco movimentada sentido a rodoviária, pelas mediações da rua fomos abordados por um sujeito maltrapilho que disse, -"Me da uma ajuda aí, por favor", logo respondi, -Não tenho nada aqui senhor, e realmente não tinha, não portava comigo nem uma moeda de um centavo sequer. O moço que continuou a nos acompanhar na calçada voltou a dizer, -"pow cara, me da uma ajuda aí!", e eu voltei a dizer, -não tenho nada cara. Aí foi quando o sujeito que nos acompanhava apelou e nos disse em tom grosseiro, -escuta aqui, eu acabei de sair da cadeia, tenho AIDS e to pedindo ajuda e vocês se negam a me ajudar! O que vocês querem, que eu roube vocês?", daí retruquei no mesmo tom, -porra cara, já disse que não tenho nada aqui comigo!, então ele disse, -"é, então vocês estão me obrigando a levar o celular de vocês, isso é um assalto!" Eu sempre achei que quando escutasse isso pela primeira vez iria morrer de medo e temia ter um piripaque no meio da rua, mas isso não aconteceu, foi diferente, pois eu fiquei parado, calado, olhando para o sujeito tentando entender aquela situação, na verdade achei engraçado, afinal ele queria uma esmola ou nos roubar? Nessa hora, meu companheiro enfiou a mão no bolso e arrancou uma nota de dez reais e disse ao sujeito, "-Cara eu só tenho esses dez reais para a passagem, vamos ali num comércio trocar o dinheiro aí fica cinco para mim e cinco para você." Parece até piada, mas ele realmente fez essa proposta, que obviamente não foi aceita pelo rapaz. Com o dinheiro na mão, o pedinte que passara a meliante novamente me dirigiu a palavra dizendo, "-e você, passa o seu dinheiro!" Eu já estava fadigado com aquela situação, sem paciência enfiei a mão no bolso e tirei a minha carteira, a abri diante dele e repeti, "pow cara, já te disse que não tenho nada aqui, to zerado. Será que alem de desprovido de grana você vai me chamar de mentiroso?" e voltei a guardar a carteira no bolso. Acho que nesta hora o moço teve compaixão de nós, deixou de ser bandido e passou novamente a cidadão. Ele voltando para nós disse, "-olha galera, essa região é uma região perigosa, onde pessoas como eu ficam por aqui aguardando uma oportunidade para tirar das pessoas o que não nos pertence, por isso vocês precisam ficar atentos, quando virem alguém como eu tentei despistar, entrar em uma loja, não permitam que nos aproximemos muito de vocês, pois a nossa intenção é roubar, e se vocês não ficarei atentos conseguiremos fazer isso com muito êxito!"
Agradecemos a dica de Como não ser assaltado no Centro de Belo Horizonte, por um ladrão, cidadão, sei lá e seguimos nosso caminho. O Jonathas nos conduziu rapidamente para fora daquela região, temendo ser abordado por outros pedintes como este, e após alguns passos, caímos na risada!

Imagem da semana


Essa semana resolvi inovar, postei como imagem da semana uma fotografia diferente das que venho postando regularmente. Nesta imagem podemos observar um prédio histórico no centro de Belo Horizonte (Rua Bahia) onde está instalada uma das lojas da Drogaria Araújo.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Corações e Canteiros



            Hoje ao visitar o jardim interno da casa fui capaz de perceber algo imaginável. Fui levado a descobrir o jardim secreto do meu coração. Sim possuímos ao menos um jardim secreto, há aqueles que possuem mais de um, não sei como são administrados, mas existem.
            O jardim interno já estava gasto, feio, com poucas plantas meio amareladas que quase não tinham força para gerar sequer uma reinante flor. Não surtiam muito efeito as medidas paliativas de cultivo, funcionavam como remendos de roupas, surtia alguma melhora, mas não solucionava o problema, pois logo era preciso outro remendo. Tão logo o canteiro tornava a ser como antes, produzindo menos beleza do que era capaz de produzir.
            Contudo, era preciso tomar uma difícil decisão, era preciso ser radical, precisamos ser radicais algumas vezes. Vamos desmanchar o canteiro! Modifiquemos sua estrutura! Nossa! Como foi sentido arrancar cada planta, arrancar os lírios foi a tarefa mais difícil. Agora o colorido havia se tornado num espaço de terra triste, vazia, incapaz de inspiração. Porém a terra já estava cansada, massacrada, machucada, remendada. A terra precisava ser curada. Vamos revirar a terra e torná-la mais eloqüente! Vamos ainda aplicar algo que cure sua acidez. Não produzimos nada muito bom quando estamos meio azedos. Pois bem, cultivemos a terra, limpemo-la, tiremos toda sujeira como pedras e outros resíduos. Agora sim, a terra está transmitindo um bom sinal, parece estar melhor. Parece estar preparada para o plantio. Plantemo-la! Nossa, as plantas feitas mudas estão com um ar murcho, parecem que não vão resistir ao transplante. Será que irão sobreviver? Impressionante! Elas estão apresentando uma leve reação, estão melhorando. Algo bom e novo está acontecendo!
            Olhe! Observem o meu jardim interno como ele está bonito, florido, cheio de vida. Não parece o mesmo canteiro, parece outro. A mudança é muito significativa. Meu Deus como é bom contemplar esse jardim! Ele inspira tantas coisas, ele traz boas memórias, nos inspira um caminho seguro. É um sinal de vida!
            Assim é o nosso jardim secreto, cheio de canteiros. Canteiros que são sinais de vida, mas também inspira morte, solidão, egoísmo insensibilidade. Precisamos cuidar dos nossos corações, eles precisam ser sempre sinal de vida, exemplo. Mas para isso não podemos temer a dor, o diferente, o novo. Somos nossos próprios agricultores! Precisamos cultivar os relacionamentos, eliminar a acidez do coração, retirar as impurezas da alma, só então floriremos a vida. Apesar de causar dor, nos traz alegria, esperança. Faz-nos percorrer por caminhos sinuosos, porém são sinais àqueles que caminham, são certezas para àqueles que têm esperança, para aqueles que esperam e buscam. Portanto, não tema a poda, pois ela apesar de ser dolorida vai nos fazer crescer belos e robustos. Cuidemos de nossos jardins, cultivemos nossos canteiros para que nossos corações sejam cada vez mais cheios de vida e a alegria de se viver.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

O dia




A cada manhã inicia-se um novo dia, um dia novo cheio de novidades, os acontecimentos geralmente não se repetem. As pessoas até tentam programar o seu dia acreditando que ele caberá em uma página de agenda, mas não cabe, ele transcende! Concordo que a agenda ajuda a organizar o dia, mas não programá-lo. O dia tem programação própria.
As pessoas se queixam por caírem na rotina, mas o que é a rotina? A rotina nada mais é do que um dia programado, controlado que descontrola-se e nos sufoca. O grande poeta mineiro Gimarães Rosa dizia que felicidade se encontra em horinhas de descuido, ou seja, horas não programadas, horas fora do roteiro, do script. Portanto, faça do seu dia inteiro horinhas de descuido. Não estou dizendo isso afim de demasiar o compromisso, as responsabilidades, muito pelo contrário, estou afim de torná-lo mais autêntico. O dia está pronto para nós, está pronto para ser vivido, e nós insistimos em enche-lo de remendos. Ele é muito mais belo puro, sem reparos. Por isso é preciso lembrar-se sempre de que os compromissos diários estão a serviço do homem e não o homem é escravo dos seus apontamentos. Não perca de vista o seu ponto de partida e assim poderás contemplar as belezas do dia. O dia puro e simples, mas que pode nos fazer muito mais felizes.
O arco-íris, o sol são fragmentos do dia que estamos deixando de contemplar. Por isso que recordamos com tanta saudade do tempo de infância, a marca do tempo em que vivíamos intimamente sintonizados com o dia.
Quer uma dica?
Abra os olhos e viva!

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Sexo Animal



Eles também amam!

Achei bem curioso esta fotografia que tirei ao voltar da PUC na semana passada. Trata-se de um casal de percevejos em pleno ato sexual. Na verdade havia uma colônia sexual naquele local. A cena tornou-se tão curiosa para mim, que resolvi pesquisar sobre o assunto, e para minha surpresa, aquele inseto mais gordinho e mais é forte é a fêmea. Ela carrega o macho para onde ela quiser além de alimentá-lo durante o ato sexual.
Vivendo e aprendendo! 

Imagem da semana!

A fotografia desta semana retrata uma típica tarde de domingo na Lagoa da Pampulha em BH