terça-feira, 8 de março de 2011

BANCO VAZIO



Havia um banco vazio, a me esperar, a te esperar!
Ele estava lá, só, sozinho a nos esperar!
Havia um Banco Vazio a contemplar a luz, a água o ar.
Acima de si apenas o céu, abaixo a terra!
Lá estava ele, forte plantado, perseverante!

Havia um banco vazio! Desbotado do sol!
Perdeu a cor, mas não o valor!
Por isso ele continua, segue a esperar, sem desanimar!
Sua esperança é alimentada pelas glórias do passado!
Saudoso a venerar, contudo forte a sonhar, a te esperar.

Havia um banco vazio, a me esperar, a te esperar.
Seu sonho é como a chama que insiste a queimar.
E tem como lenha a paisagem que o aprisiona.
Tão bela e bucólica, clara e escura,
Havia um banco vazio a contemplar!

O sol é a sua força, a lua sua calma.
Ele me convida, te convida, o seu pranto acalmar,
Sua alma restaurar e as estrelas fazer brilhar.
Ele quer retornar a seus tempos de glória,
Ao primeiro amor voltar. E afirma:
“Eu garanto”, amor eterno encontrará!

Havia um banco vazio a me esperar, a te esperar!
E nos convida confiante: “Venha em mim se assentar,
Tua cabeça reclinar e beleza sem fim contemplar”.
Olhe! Contemple! O lago, o sol, a lua, as estrelas.
Sinta! Experimente! O ar, o calor, o frio a vida.
Observe a noite e seus habitantes discretos.
O dia e os toques suaves do artista.

Eu te convido! Vem em mim descansar,
Enfaixar suas feridas. Se a mim você vier,
este presente lhe darei e alegria encontrarás.
Havia um banco vazio! Hoje não há!
Pois nos encontramos num eterno assentar!


Fotografias tiradas no Centro de Convenções Israel Pinheiro em Brasília, casa de Encontros dos Salesianos de Dom Bosco, lugar onde também me inspirei para escrever o poema.

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