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terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
O SOM DA JANELA
MANSO, CALMO E LENTO, SURGE COM O VENTO
ELE VEM DA JANELA, OU MELHOR, ALÉM DELA.
MEU CONCERTO MATINAL, DIÁRIO E REAL,
SEGUE UM RÍTIMO. SENTO-ME CONFORTÁVEL,
CERRO OS OLHOS, CONCENTRO-ME NA RESPIRAÇÃO.
LOGO O MAESTRO ANUNCIA O SEU INICIO.
O CORO DOS BEM-TE-VIS ANUNCIA GLORIOSO,
“DEUS É BOM!” EM VÁRIAS VOZES E TONS.
OS CANÁRIOS, BONS TENORES, DÃO SEQUÊNCIA A ÓPERA
E TORNAM MEU CONCERTO MAIS COLORIDO; TÃO MELÓDICOS
RECHEADOS DE TONS E SEMITONS.
OS TRINCA FERROS E AS COCOTAS CONTRIBUEM,
VOAM COMPASSADAS NO ESTRIBILHO DA CANÇÃO.
O TREM APITA AGUDO E ANUNCIA O REFRÃO,
OS INSTRUMENTOS SE UNEM FORMANDO UM SÓ SOM,
UM BELO CORO, UMA BELA ORQUESTRA, QUE CONCERTO!
O CÃO LADRA ANUNCIANDO O SILÊNCIO NA PAUTA.
E SE TEM INICIO A SEGUNDA ESTROFE,
A SINFONIA DOS PÁSSAROS REGE O SOM
E BELAMENTE REPETEM O CANTO EM SEU TOM.
OPA! UM RUIDO ESTRANHO, UMA DISTRAÇÃO.
PUTZ! PERDI AQUELE AGUDO DO CANÁRIO.
E SEGUE MEU CONCERTO MATINAL E PARTICULAR.
O MAESTRO OS CONDUZ AO FECHAMENTO,
E O BEM-TE-VI FINDA ACLAMANDO,
PAI, FILHO E ESPÍRITO SANTO!
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